2 de Junho de 1882
Morre Garibaldi. Político e militar revolucionário italiano, Giuseppe Garibaldi nasceu em Nice(4/7/1807), na época pertencente à Itália, numa família de pescadores. Começou a trabalhar como marinheiro e, entre 1833 e 1834, serve na Marinha do rei do Piemonte. Ali, sofre influências de Giuseppe Mazzini, líder do Risorgimento, movimento nacionalista de unificação da Itália, na época dividida em vários Estados absolutistas. Em 1834 lidera uma conspiração em Gênova, com o apoio de Mazzini. Derrotado, é obrigado a exilar-se em Marselha (1834), de onde partiu para o Rio de Janeiro, chegando lá em 1835 e, em 1836, parte para o Rio Grande do Sul, onde luta ao lado dos farroupilhas na Revolta dos Farrapos e se torna mestre em guerrilha. Três anos depois, vai para Santa Catarina auxiliar os farroupilhas a conquistar Laguna. Lá conhece Ana Maria Ribeiro da Silva, conhecida como Anita Garibaldi, que deixa o marido para segui-lo.
Anita destacou-se por sua bravura participando ao lado dele nas campanhas no Brasil, no Uruguai e na Europa. Dirigiu as defesas de Montevidéu (1841) contra as incursões de Oribe, ex-presidente da República, então a serviço de Rosas, o ditador da Argentina. Voltou à Itália (1847) e integrou-se às tropas do papa e do rei Carlos Alberto. Regressou à Itália (1848) para lutar pela independência de seu país contra os austríacos. Derrotado, perseguido e preso, perdeu também a companheira Anita (1849), morta em batalha. Refugiou-se durante cinco anos nos Estados Unidos e depois no Peru, até voltar à Europa (1854). Numa nova guerra contra a Áustria (1859), assumiu o posto de major-general e dirigiu a campanha que terminou com a anexação da Lombardia pelo Piemonte. Comandou as célebres camisas vermelhas (1860-1861) que, utilizando táticas de guerrilha aprendidas na América do Sul, conquistou a Sicília e depois o reino de Nápoles, até então sob o domínio dos Bourbons. Conquistou ainda a Umbria e Marcas e no reino sulista das Duas Sicílias, porém renunciou aos territórios conquistados, cedendo-os ao rei de Piemonte, Vítor Emanuel II. Liderou uma nova expedição contra as forças austríacas (1862) e depois dirigiu suas tropas contra os Estados Pontifícios, convencido de que Roma deveria ser a capital do recém-criado estado italiano.
Na batalha de Aspromonte foi ferido e preso, mas logo libertado. Participou depois na expedição para a anexação de Veneza. Na sua última campanha, lutou ao lado dos franceses (1870-1871), na guerra franco-prussiana. Participou da batalha de Nuits-Saint-Georges e da libertação de Dijon. Pelos seus méritos militares foi eleito membro da Assembléia Nacional da França em Bordéus, mas voltou para a Itália e elegeu-se deputado no Parlamento italiano em 1874, recebendo uma pensão vitalícia pelos serviços prestados à nação. Morre em Capri em 2 de junho de 1882.

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