Tristeza.
"Que medidas foram tomadas desde os homicídios dos três agentes da PSP na Amadora?Pela forma e no contexto como foram assassinados os três agentes, o grau de ameaça subiu. Face a essa circunstância, aumentei e musculei todo o policiamento, mas isso não quer dizer que tenha alterado o tipo de policiamento que já havia sido implementado anteriormente. Mantive todo o policiamento anterior, nomeadamente o policiamento de proximidade, concretizado por patrulhas localizadas, contactos permanentes com as forças vivas e representativas dos bairros e inúmeras acções de prevenção com diversos públicos-alvo, como as crianças e os adolescentes e risco.
O problema dos bairros degradados é um problema grave e já tinha sido abordado e analisado pela PSP, mas é fundamentalmente, um problema social, até porque 90 por cento dos moradores são pessoas de bem mas há 10 por cento ¿ em termos gerais ¿ de indivíduos marginais que pensam que têm condições para actuar com alguma liberdade. Aliás, esses cerca de 10 por cento, muitas vezes têm habitações em zonas consideradas de bem; apenas utilizam o bairro para delinquir.Quantos bairros problemáticos há na Grande Lisboa, na área da PSP?Neste momento, em termos genéricos, há 36 bairros problemáticos, que se caracterizam pela hostilidade contra a polícia e contra os cidadãos que lá vivem.
O policiamento mais musculado tem resultado?Tem, pois orientamos o esforço no sentido da detecção, identificação e detenção de indivíduos provocadores de instabilidade, tendo detido muitos deles, até porque este policiamento, além da elevada visibilidade é descontinuado o que faz com que os marginais sejam surpreendidos e fiquem receosos. "
Entrevista a Francisco Oliveira Pereira, Comandante da PSP de Lisboa desde
Dezembro de 2003, ao Portugal Diário.
Foi preciso assassinar três agentes para mudar a forma de actuar junto dos bairros chamados «problemáticos» numa altura em que a criminalidade diminuiu 3,5 por cento. Dizem eles claro.
P.S. 36 bairros problemáticos na Grande Lisboa??? Só??? Afinal não há razões para se falar em insegurança.
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