segunda-feira, junho 27, 2005

Dizendo mal não dizendo.

"Não contem connosco para dizer mal dos adversários, apesar de não faltarem motivos", começou por dizer o ex-presidente da câmara de Lisboa João Soares, embora enumerando em seguida os "motivos" - desde "promessas por cumprir" e "demagogia" a "clubes na primeira divisão do abandono" e "empresas municipais deficitárias, por reestruturar, enxameadas de tachos e amigalhaços políticos". "Ao olharmos para Sintra, o que cada um se lembra do presidente da câmara? Eu só me lembro de uma coisa: comentador televisivo", declarou Jorge Coelho, perante os cerca de 700 militantes e vários dirigentes do PS presentes no almoço de apresentação da candidatura de João Soares, numa escola de Rio de Mouro. "Foi para isso que o elegeram? Não. Fazemos-lhe um grande favor ao tirar-lhe este peso imenso do trabalho que tem na câmara e criar condições para ser comentador televisivo por inteiro, que é isso que gosta de fazer", completou, defendendo que "o segundo maior concelho do país precisa de pessoas que se dediquem de alma e coração, com trabalho de manhã à noite".

Jorge Coelho criticou Fernando Seara por, a propósito dos assaltos na linha de comboios de Sintra, não ter tido "uma única palavra junto do Governo ou publicamente, a fazer pressões" e argumentou que há duas alternativas em Outubro próximo: a continuação da "conversa", da "pasmaceira", e "de nada a ser feito como aconteceu nos últimos três anos e meio", ou a "mudança", com o PS. Também João Soares sustentou que nas próximas autárquicas "os eleitores vão ter que escolher entre o «show off» mediático, o comentário televisivo de futebol, o cansaço de quem não sonhou, e não sonha, com as responsabilidades autárquicas" e a "experiência", a "coragem e determinação" da candidatura socialista. "
Nem mais. Não contamos com eles para dizerem mal dos outros. Mais. Nem eles conseguiam fazer isso. Definitivamente só contamos com eles para nos governarem bem.

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