segunda-feira, junho 27, 2005

Tantos?

"Estou aqui, sou heterossexual, a homofobia é uma vergonha." A frase ilustrava ontem um dos muitos cartazes reivindicativos da sexta edição da Marcha Nacional de Orgulho lésbico, gay, bissexual e transgénero de Lisboa, que reuniu cerca de 400 pessoas que desceram a Avenida da Liberdade até ao Rossio. Este ano, a iniciativa ficou marcada pela presença de algumas personalidades heterossexuais. Entre elas, Rui Zink, Inês Pedrosa, Gabriela Moita e Augusto Seabra, que reiteraram o seu apoio à legalização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo - medida que já está em aprovação em Espanha e que foi o grande objectivo político da manifestação. Sílvia "é heterossexual perfeitamente assumida", e decidiu participar na marcha por considerar que "qualquer tipo de discriminação é baseada na ignorância" e que só iniciativas como esta "alertam as pessoas para a realidade". A luta por uma "sociedade inclusiva" foi o que levou a psicóloga Gabriela Moita a juntar-se à manifestação. Quando questionada sobre a adopção de crianças por casais homossexuais, a psicóloga afirmou ao DN não encontrar "nenhum impedimento" e explicou ainda que o que a preocupa " é o bem estar das crianças"

Mas ontem um pouco por toda a Europa, milhares de pessoas manifestaram-se contra a discriminação e lutaram por direitos iguais entre pessoas do mesmo sexo. Pelas ruas de Paris, desfilaram mais de 700 mil pessoas, em Berlim, na Alemanha, a marcha reuniu 400 mil e, em Atenas, estiveram apenas 400 pessoas
".

400 pessoas, a maioria heterossexual!!! Não há duvida. A manifestação foi um “êxito”. Já agora: o que é uma heterossexual perfeitamente assumida? Como se pode defender o bem-estar das crianças nas adopções homossexuais sabendo como a sociedade é? É por demais evidente a desonestidade intelectual desta gente.

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