sexta-feira, julho 15, 2005

Comentário.

Meus caros amigos humanos e outros, que por vezes pouco parecem ter de humanidade:

" Á medida que aumenta o poderio de uma sociedade, assim esta dá menos importância às faltas dos seus membros, porque já lhes não parecem perigosas nem subversivas; o malfeitor já não está reduzido ao estado de guerra, não pode nele cevar-se a cólera geral; mais ainda; defendem-no contra esta cólera. O aplacar a cólera dos prejudicados, o localizar o caso para evitar distúrbios, e procurar equivalências para harmonizar tudo e principalmente o considerar toda a infracção como expiável e isolar portanto o delinquente do seu delito, tais são os rasgos que caracterizam o ulterior desenvolvimento do direito penal.

...A justiça, pois, que começou a dizer:« tudo pode ser pago e deve ser pago» é a mesma que, por fim, fecha os olhos e não cobra as suas dívidas e se destrói a si mesma como todas as coisas boas deste mundo.

Esta autodestruição da justiça, chama-se graça e é privilégio dos mais poderosos, dos que estão para além da justiça.

Estas palavras do filósofo Nietszche, considerado por alguns um niilista, que defino como alguém que quer destruir toda a crença, diz e interpreta com inteligência a natureza da sociedade dos humanos e com cerca de 100 anos, continua actual, concordando aqui com o que me disse o meu avô toupeira.

As suas palavras podem ser aplicadas a todas as sociedades ditas desenvolvidas, como os humanos mais pomposos lhe gostam de chamar, mas, ao que parece, é uma mera repetição das sociedades mais desenvolvidas da civilização grega ou romana, portanto o homem não evoluiu, principalmente no que diz respeito ao mal, estando gravado naquele bocadinho do cérebro onde alguns dizem estar acoitada a alma, principalmente aos que negam a sua existência.

Como toupeira entendo que afinal ela existe, porque até nós, temos consciência da moral social, para já não falar das emoções e dos sentimentos. Então que é que nos distingue dos humanos, desta tão moderna e cruel sociedade?

Perseguimos a presa, para nos alimentarmos. Os humanos perseguem-na apenas, para a destruir pura e simplesmente, sem desistências...

Será apenas daquele mau funcionamento mapeado por Damásio?

Parece-me sim, uma desculpa dos mecanicistas, diz o meu avõ toupeira, em fim de conversa.

Comentário da Toupeira

Divulgue o seu blog!