O regresso das ratazanas embusteiras II

Trazido por este vento constante, sendo certo, que o vento será desculpado, ou não seja ele, uma forma de emoção, a um sentimento da natureza, de mal com os humanos. Mas dizia eu, que trazido pelo vento, foi ouvido por nós, uns comentários de alguns humanos deste sítio, a propósito dos investimentos decididos pelos dirigentes eleitos.

Assim, depois dos vários orçamentos calculados e inventados, e das várias engenharias do grupo da caixa forte deste sítio e do aumento dos impostos, a pagar pelos ursos e camelos, foi convocada uma assembleia, onde rosnavam, babavam e espumavam, na assistência, muitos dos babecos e hienas que vieram pedir os dividendos do investido. A cobertura estava feita como de costume, pelos cachorros adestrados e devidamente escolhidos para o evento.

Solícito, o chefe eleito, afirmou que parece que se decidiram, pela Ota e pelo TGV, investimentos prioritários, especialmente para os indivíduos que se costumam alimentar da carniça deste estado, em elevado estado de decomposição, porque ao que parece, o aeroporto actual chega e sobra, e o TGV, se os privados o querem que o façam. Mas obras estruturantes? Claro que são! -Para os bolsos deles e da oligarquia instalada, e para mal dos camelos e dos ursos pagantes.

Depois a banda larga, é motivo para gargalhada, porque está instalada e a instalar por quem a explora, logo trata-se de anedota ou de logro, ou retórica para analfabeto.

A energia eólica, que pode e deve ser realizada por privados, alguns aguardando anos as licenças, por decerto não ser costume nos países de onde vêm, ter de pagar dividendos em dinheiro vivo, sem rasto, pelo que será melhor apanhar outros ventos mais a norte.

Dita daquela boca, com nome de filósofo, é no mínimo de corar de vergonha, ao falar em nova ecologia, concluindo que era velha, a que defendia, quando responsável pelo ambiente, na 1ª Edição desta charada.

Portanto aumentaram os impostos para distribuir obras inúteis e no fim inflacionadas como convém, e realizadas pelos amigos do costume. Lembram-se da Expo, CCB, Estádios, a Casa da Música, etc,etc,...

Do bolo os privados entram como convém, se der lucro, para ficar por conta, se der prejuízo, os ursos e camelos que paguem enquanto for possível.

Perguntavam uns aos outros: - Afinal o embuste existe, uns fizeram a tanga, os outros esfolam os bichos pagantes, os secularistas evangélicos ladram porque nada lhes cabe do bolo!...

Voltei para a toca a pensar a vida de cão de alguns humanos deste sítio, esperando que a raiva não surja...

... Mas gostava de ver...

-Está calada toupeira tonta, sabes lá o que isso é, quando se liberta esse monstro? - disse irritado o meu avô...