O triunfo das ratazanas ou um conto mal contado
Os humanos que estudam as espécies animais, dividiram as mesmas, em ordens, famílias, tribos e espécies, sendo a família dos muridae a mais numerosa do reino animal, sendo a ratazana cinzenta (rattus norvegicus), a melhor sucedida, por viver num sistema social altamente estruturado e hierarquizado, vivendo em colónias bastante numerosas, interagindo esporadicamente com outras, quando conveniente.
Nós as toupeiras,sabemos que esta espécie animal, tem colónias que vivem por todos os cantos do mundo, evitando conflitos, porque são mais poderosas que nós e como predadores são parecidas aos humanos, perseguindo a presa até ao fim, com o intuito de a eliminarem, mas sempre medindo antecipadamente se a incursão vale a pena, sempre em grupo, como as turbas humanas previamente condicionadas.
Há tempos, um grande grupo de ratazanas, perdão, humanos deste sítio, previamente condicionados e decerto unidos pelo cheiro, como as ratazanas, festejava um humano; que a avaliar pelos escritos e falas passadas, pelos cachorros adestrados e que comem à mão da comunicação social; pode ser definido como geronte, no sentido clássico do termo.
Como já tenho ouvido da parte de alguns humanos, não há jantares de graça, tendo de lá saído um aviso, a um grupo, que usando calças castanhas e imitando Napoleão, da pior das formas, que usava camisa encarnada em campanha, para, no caso de ser ferido, tal não ser notado pelos seus homens no calor da luta, como dizia, este grupo das calças castanhas, tratou de chamar o povinho a escolher novo subchefe oficial, o que veio a acontecer de feição, conforme previsto.
Com a estratégia há muito delineada, o grupo dos que comem à grande mesa, e que querem continuar a comer, nem que sejam migalhas, decidiram apostar no indivíduo que eu chamei de geronte e com uma cajadada mataram vários inimigos, uns em fim de festa, outros que queriam festa.
O que quero dizer com isto, é que as duas faces da mesma moeda servem para o mesmo fim, ou seja, de um lado o geronte, do outro um indeciso, que não se sabe bem o que quer, se é que quer e que quando subchefe aproveitou bem, a quem o rodeou, tendo tido como chefe do sítio o que agora quer voltar, para manter a oligarquia instalada, mas com mais segurança, formando assim uma geronto oligarquia de nepotes.
" Lá dentro decorria uma luta violenta. Estavam a gritar, a dar pancadas na mesa, a trocar olhares desconfiados entre si, a proferir negações furiosas. A origem do problema parecia estar no facto de tanto Napoleão como o sr Pilkington terem descartado, simultaneamente, o às de espadas. In " O triunfo dos porcos" de George Orwell.
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