quinta-feira, julho 07, 2005

Objectivo: “colocar a bandeira do Islão no número 10 de Downing Street”

Lembramos a entrevista de Omar Bakri Mohammed, Líder do "Londonistão" e Teórico da Al-Qaeda na Europa, que deixou alguns pontos de vista interessantes no ar:

(Sobre o livro"British Law). Não tem consistência. Há 100 anos, um homem passear com uma mulher era uma vergonha. A homossexualidade era uma vergonha. Hoje, é uma vergonha não ter namorada, homossexuais tornam-se primeiros-ministros.

Não há dúvidas que o homem tem uma certa razão. Mas o mais interessante será ver os homossexuais ( ocidentais ), que hoje defendem com unhas e dentes o islão, terem uma pequena “desilusão”, quando essa religião dominar o ocidente.

Pergunta: Os valores culturais são imutáveis ?
Resposta. Sim. O adultério, a fornicação, a homossexualidade, o jogo, a usura, o roubo, o assassínio, a mentira eram errados no tempo de Abraão e Maomé e continuam a sê-lo. Mas o Ocidente inventou palavras bonitas para se referir a estes crimes. Em vez de fornicação e adultério diz "affair". Em vez de mentira diz "edição", no caso dos jornalistas.


Concordo inteiramente. Como já aqui referi, a democracia adora inventar palavras bonitas para desculpar o indesculpável. O exemplo mais delícioso está na frase “O 24 Horas não mente. Erra.”

Eu não aceito nenhuma lei feita pelo homem. Todos os muçulmanos estão proibidos de obedecer a leis feitas pelo homem. São imperfeitas, têm falhas, ninguém se entende. Votam, seguem a opinião da maioria, mas muitas vezes as várias minorias todas juntas são mais do que a maioria. Fazem referendos, manobras, compromissos, confusão. Quem segue a lei divina nunca tem confusão.

Nem mais. As leis da “maioria” defendem exclusivamente os “grandes”. Mas quais são as leis divinas?

A democracia, o capitalismo, o socialismo, o comunismo são sistemas criados pelo Homem, e como tal imperfeitos. Só Alá pode criar. Se Tony Blair disser: eu criei a Lua, o que me diz dele? É doente mental. Isso está para além das suas possibilidades. Não podemos reconhecer aos homens os atributos de Deus. Alá é o único legislador. Eu só reconheço a lei divina. Quem reconhece a alguém atributos divinos é apóstata. Deve ser excluído da comunidade islâmica.

É verdade que todos os regimes são imperfeitos. Mas o religioso também é. Especialmente quando é feita uma interpretação diferente do que está escrito.
Esta teoria passa pela obrigatoriedade de acreditar num Deus. No ocidente, o único Deus em que se acredita, é o dinheiro. Logo a conversão tem como alvo os pobres ( materialmente e de espírito ).

P. A separação da política e da religião é mais uma imperfeita invenção humana...
R. Exactamente. Pois se a religião é a vida e a política também... E se nós vivemos nesta vida... Como se pode separar? Nós não somos hipócritas. As leis da democracia e da liberdade são as leis da hipocrisia.


De facto muitas das leis democraticas são hipócritas. Mas as religiosas são ainda mais castrantes. Veja-se a política seguida pela igreja no uso do preservativo.

P. Os atentados de 11 de Setembro foram legítimos?
R. Claro que sim. A América atacou o Afeganistão, a Somália, o Sudão, o Iraque, apoia regimes ditatoriais nos países árabes, estacionou tropas em território muçulmano. Há o direito de retaliar. Al-Qaeda atacou a América. É a acção e a reacção. Vocês são terroristas, nós somos terroristas. O terrorismo é a forma de agir do século XXI.


O “vocês são terroristas” é muito abrangente e reflecte o pensamento terrorista. Todos somos alvos e o terrorismo é uma forma legítima de luta.

P. Mas o que pode justificar matar deliberadamente milhares de civis inocentes?
R. Nós não fazemos a distinção entre civis e não civis, inocentes e não inocentes. Apenas entre muçulmanos e descrentes. E a vida de um descrente não tem qualquer valor. Não tem santidade.


Ao contrário do ocidente, para o islão a vida humana não tem significado. Quem ainda acredita em milagres, deve continuar a acender as velas. Pelos menos, ganha a economia de mercado.

P. Mas havia muçulmanos entre as vítimas.
R. Isso está previsto. Segundo o Islão, os muçulmanos que morrerem num ataque serão aceites imediatamente no paraíso como mártires. Quanto aos outros, o problema é deles. Deus mandou-lhes mensagens, os muçulmanos levaram-lhes mensagens, eles não acreditaram. Deus disse: "Quando os descrentes estão vivos, guia-os, persuade-os, faz o teu melhor. Mas quando morrem, não tenhas pena deles, nem que seja o teu pai ou mãe, porque o fogo do Inferno é o único lugar para eles".


Somente uma religião de paz advoga “quando morrem, não tenhas pena deles, nem que seja o teu pai ou mãe, porque o fogo do Inferno é o único lugar para eles”. Além de poético, é revelador.

P. O senhor está legal na Grã-Bretanha portanto não está nem poderá estar envolvido na preparação de nenhum atentado terrorista aqui.
R. Impossível. Estou sob pacto de segurança.

P. É verdade que dos oito detidos sob suspeita de organizarem um atentado em Londres, sete eram seus alunos?
R. É verdade. Mas lembro-me que eles nunca concordaram com o respeito pelo pacto de segurança. São "free-lancers", não pertencem à Al-Qaeda. Outros dois alunos meus também abandonaram um dia as aulas e foram-se fazer explodir na Palestina, sem me avisarem. Fiquei muito zangado.


Segundo as suas palavras, há dois tipos de tarados. Os que se fazem explodir em nome de uma política concertada e os que, não respeitando as regras, explodem quando calha. Estes tem a particularidade especial de irritar qualquer um. Até o próprio mestre.

P. O Bin Laden vai suicidar-se?
R. Acho que deve. São um grupo que se juntou para lutar e morrer. Têm de ser coerentes. Acho que vão suicidar-se numa operação.


Um dos problemas que afectam o terrorismo, é a falta de coerência dos líderes. Ameaçam morrer como mártires mas, por manifesto azar, passam sempre ao lado desse “glorioso” destino. Não é que eles não tentem. Têm é muito azar. Mas como a mão-de-obra é desprovida de capacidade de raciocínio, não há problema. Passa despercebido esse pequeno pormenor.

P. Se Bin Laden morrer a Al-Qaeda continua?
R. Claro. Eles eram um grupo mas agora tornaram-se num fenómeno. O 11 de Setembro fez os muçulmanos compreenderem que têm poder, que o renascimento do Islão é irreversível. Começou um novo capítulo da História. Por isso nós, os salafistas-jihadistas, iniciámos desde essa data um novo calendário. Estamos agora no ano três da era da Al-Qaeda.


Não tenho dúvidas que a ameaça é gravíssima. Mas como os “anti-americanos” já explicaram, trata-se de manobras da CIA, no intuíto de justificar a “guerra infinita” da América. Tal como eles defendem, os ataques do 11 de Setembro foram executados pelos próprios americanos, pelo que não há nada a temer.
Até a explicação do 11 de Março é engraçada. Foi levada a cabo pela CIA no intuíto da Espanha reforçar o contigente de tropas no Iraque.
Confesso que já me falta paciência para aturar esses “filósofos”. Que eles tenham gosto em ser broncos, é com eles. Mas agora tentar fazer os outrosde parvos, não.

P. Os EUA podem negociar com a Al-Qaeda?
R. A Al-Qaeda é por natureza uma entidade invisível, não é um Estado, por isso não pode dialogar com um Estado. O seu projecto é derrubar os governos corruptos dos países muçulmanos, substitui-los por governos islâmicos e reconstituir o califado. Nessa altura, como Estado, poderão negociar com os EUA, de igual para igual. Primeiro, tentarão um pacto de segurança com eles. Dirão: nós fornecemos o petróleo e viveremos em paz, mas na condição de podermos divulgar livremente o Islão no Ocidente. Se os americanos não permitirem isto, então o califado terá de lhes declarar guerra.


Aqui está a explicação das palavras do velhote Soares. Enquanto se estuda o inimigo, ele vai crescendo até reconstruir o seu califado. Quando tiver PODER, então vai negociar com os EUA. Não com a Europa porque esta, além de não ter relevância estratégica, faz parte do Califado. A única coisa que impede o domínio mundial do islão são, efectivamente, os EUA.
A solução está no abandono do petróleo. Alternativos como o hidrogénio são menos poluentes. Só falta combater o lobby petrolífero para desenvolver o recurso aos alternativos.

P. Se puder divulgar o Islão, não tem dúvidas de que os ocidentais se vão converter.
R. Nenhumas. Porque o Ocidente não tem respostas para o sentido da vida, ou da morte, que é o grande desafio da vida. A cultura ocidental reduziu-se ao entretenimento. Sex, drugs and Rock and Roll. Não se pode falar da morte. Há algum tempo, um programa de televisão chamou-me o Ayatolla de Tottenham e insultou-me. Eu exigi uma série de sete debates no mesmo programa e eles acederam. Estive em directo com Robert Fisk e vários intelectuais ocidentais. Não precisei de citar um único verso do Corão. Falámos sobre a pobreza, os problemas do mundo, o significado da vida. Choveram telefonemas de apoio, de muitas pessoas pedindo para se converterem. Antes do 11 de Setembro, eu corria todas as universidades deste país, fazendo palestras. De todas as vezes havia convertidos ao Islão, loiros de olhos azuis.


Tal como os romanos no seu declínio, os ocidentais só querem “Sex, drugs and Rock and Roll”.
Não existe, actualmente, qualquer valor moral.

O ocidental, ao primeiro sinal de problema, entra em logo depressão. Até para solucionar qualquer problema infantil se recorre logo a um psíquiatra. Assim, como pode uma cultura mole enfrentar tarados suícidas?

Se a opção sexual é escolhida conforme a moda em vigor, mais facilmente o ocidental se converte ao islão. Até o próprio Sousa Tavares tem dois livros do “Corão” em casa. Mero objecto decorativo dado a complexidade dos escritos. Mas bem orientado, vai lá.

A entrevista é notável. Nela estão explicados os objectivos da “guerra” que o islão radical move ao ocidente. Quem ainda tem dúvidas…

Mas, claro, existe sempre a hipótese de Omar Bakri ser um agente da CIA a fomentar a “guerra infinita” ou a entrevista ter sido "fabricada" por JOSÉ MANUEL FERNANDES para poder explicar o seu apoio a Bush.


É só escolher.

Texto completo.

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