Terrorismo e democracia 2.

Os atentados em Espanha, tida como um alvo improvável devido ao seu grande valor como terreno de recrutamento, financiamento, acesso ao norte de África e base de planeamento de atentados noutros países, vieram provar que os pequenos grupos de terroristas não precisam de estar em contacto com o núcleo duro da liderança para provocar devastação. Mesmo planeado a nível local, com um alcance limitado e poucos recursos, este novo tipo de terrorismo provou ser altamente eficaz.

E nem mesmo a relação íntima (mulheres espanholas e filhos na escola) e o contágio da boa vida proporcionada pela pátria adoptiva, esmorece a sua crueldade assassina tendo como alvos mulheres e crianças indefesas. Como resultado, a U.E. apercebeu-se que a defesa contra o terrorismo deve ser conjunta e começa, finalmente, a mobilizar-se nesse sentido.

Por seu lado, na capital inglesa, os locais públicos têm uma vigilância cada vez maior e a polícia não pára de lançar novas medidas. Uma delas surgiu ontem através de um novo apelo para que os cidadãos estejam atentos a movimentos estranhos dos vizinhos, colegas de trabalho e até mesmo dos amigos, bem como às necessidades elementares dos terroristas, habitação, transportes e dinheiro.

Assim senhorios e hoteleiros, vendedores de automóveis, funcionários de bancos e até revendedores estão convocados para prestarem especial atenção aos pagamentos em dinheiro, clientes, passaportes, cartões de crédito e até pessoas na rua que possam ser suspeitas e informar a polícia através de uma linha telefónica confidencial, que funciona 24 horas por dia, especialmente criada para o efeito. Claro que todas estas actuações seriam consideradas violadoras dos direitos e liberdades cá pela terra e, como tal, geradoras de manifestações por parte dos partidos de esquerda em busca do voto fácil.

Resta então o famoso diálogo. E até aqui estamos condicionados porque dificilmente os radicais islâmicos aceitariam dialogar com mulheres.

Entretanto por cá, impunemente vão espalhando a sua palavra nas Mesquitas clandestinas.