20 de Agosto de 1968
A Checoslováquia é invadida por 20 000 soldados e 5 000 tanques do Pacto de Varsóvia para pôr fim à Primavera de Praga. A Primavera de Praga, realizada em 1968 na Checoslováquia, é o movimento liderado por intelectuais reformistas do Partido Comunista Checoslovaco para promover grandes mudanças na estrutura política, econômica e social do país. A experiência de um "socialismo com face humana” foi comandada pelo líder do Partido Comunista local, Alexander Dubcek. A proposta surpreendeu a sociedade tcheca, que em 5 de abril de 1968 soube das propostas reformistas dos intelectuais comunistas.
O objetivo de Dubcek era "desestanilizar" o país, removendo os vestígios de despotismo e autoritarismo, que considerdava aberrações no sistema socialista. Com isso, o secretário-geral do partido prometeu uma revisão da Constituição, que garantiria a liberdade do cidadão e os direitos civis. A abertura política abrangia o fim do monopólio do partido comunista e a livre organização partidária, com uma Assembléia Nacional que reuniria democraticamente todos os segmentos da sociedade tcheca. A liberdade de imprensa, o Poder Judiciário independente e a tolerância religiosa eram outras garantias expostas por Dubcek.
As propostas foram apoiadas pela população. O movimento que propôs a mudança radical da Checoslováquia, dentro da área de influência da União Soviética, foi chamada de Primavera de Praga. Assim sendo, diversos setores sociais se manifestaram em favor da rápida democratização. No mês de junho, um texto de “Duas Mil Palavras” saiu publicado na Liternární Listy (Gazeta Literária), escrito por Ludvik Vaculik e assinado por personalidades de todos setores sociais, pedindo a Dubcek que acelerasse o processo de abertura política. Eles acreditavam que era possível transformar, pacificamente, um regime ortodoxo comunista para uma social-democracia aos moldes ocidentais. Com estas propostas, Dubcek tentava provar a possibilidade de uma economia coletivizada conviver com ampla liberdade democrática.
A União Soviética, temendo a influência que uma Checoslováquia social-democrata, independente da influência soviética e com garantias de liberdades a sociedade pudesse passar as nações socialistas e as "democracias populares", mandou tanques do Pacto de Varsóvia invadirem a capital Praga em 20 de agosto de 1968. Confrontos entre tropas do Pacto e manifestantes aconteceram nas ruas da cidade. Dubcek foi detido por soldados soviéticos. Ele foi levado a Moscovo e destituído do cargo.
As reformas foram canceladas e o regime de partido único continuou a vigorar na Tchecoslováquia. Em protesto contra o fim das liberdades conquistadas, o jovem Jan Palach colocou fogo em seu próprio corpo numa praça de Praga em 16 de janeiro de 1969.
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