terça-feira, setembro 27, 2005

Defesa das vítimas sai caro ao PGR

"Cinco anos volvidos, Souto Moura tornou-se numa das figuras mais criticáveis da actualidade, facto para o qual contribuíram algumas das suas intervenções nos processos judiciais em curso. Apesar da sua actuação em prol da melhoria do funcionamento da Justiça, da investigação criminal e do empenho na luta contra a corrupção, foi o desenrolar destes processos que mais cicratizes lhe valeram. E inimigos também.

“Não houve memória futura, ao contrário do que aconteceu nos Açores, porque Carlos Cruz não é ‘Farfalha’ e Paulo Pedroso não é o dr. Arruda”. A frase, proferida por Souto Moura há um ano, espelha a posição que o Procurador-Geral da República assumiu ao longo do processo Casa Pia.

Souto Moura colocou-se desde o início ao lado das vítimas de abusos na instituição, facto que lhe valeu uma colecção de inimigos. De Mário Soares a José Miguel Júdice, várias personalidades pediram a demissão do procurador. Mas Souto Moura resistiu e manteve a coerência.

No relatório anual da PGR de 2003, lamentou a existência de “claras tentativas para aniquilar as vítimas” e, numa nota de Imprensa divulgada após a detenção de Paulo Pedroso, escreveu: “Infelizmente muitos dos que reclamavam uma Justiça implacável ‘doa a quem doer’ surgem agora como detractores do modo como o caso tem sido tratado
”.


CM

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

best regards, nice info Mcse bootcamps in n y

segunda-feira, abril 23, 2007  

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