quinta-feira, outubro 20, 2005

Ajuda atrasa desenvolvimento da África.

"A ajuda (humanitária) atrapalha" afirma o intelectual africano representante da geração pós-independências, um conhecido economista queniano, James Shikwati, de 35 anos, formado pela Universidade de Nairobi e director da Rede Económica Inter--Regional, instituto que promove as ideias do mercado livre.

Shikwati concedeu a referida entrevista (os brasileiros e a sua imprensa estão-se preocupando cada vez mais com África, ao contrário daqueles que dela tanto falam e dela pouco tratam) após a decisão do G7 de aumentar para 50 mil milhões de dólares por ano a ajuda humanitária a África. Quando o jornalista lhe perguntou se essa decisão não era "uma boa notícia", respondeu "É bom para os países ricos, como manobra de relações públicas. Como medida útil para a criação de riqueza, o que os países africanos precisam, as doações não ajudam em nada. Se der dinheiro a um mendigo e voltar a vê-lo na rua no dia seguinte, não se pode dizer que o tenha ajudado. Ele continua mendigando. É isso que está acontecendo em África.

Parece dura esta análise, sobretudo para aqueles que, na Europa e nos Estados Unidos, culpabilizam sistematicamente os países ricos (os seus países) e seus governos de não ajudarem o suficiente o continente africano. Há, nas nossas sociedades ricas, uma parcela da opinião pública, dos intelectuais e dos jornalistas que se autoflagelam com o que as sociedades a que pertencem "não fazem" ou as "responsabilidades históricas". Talvez fosse bom por isso - e este um dos motivos por que escolhi as declarações de James Shikwati - lerem análises e declarações de toda uma nova geração de economistas, sociólogos e politólogos africanos que, sem esquecer os males (nem o positivo) da colonização, entendem ser já tempo de pedir responsabilidades a muitos dos actuais dirigentes africanos.

Shikwati explica, dando um exemplo, a ruindade para África das doações internacionais "Na década de 80, a África subsariana recebeu 83 mil milhões de dólares em auxílio. No mesmo período, o padrão de vida na região caiu 1,2 por cento ao ano. A doação só tornou os países africanos mais dependentes de ajuda. Inquirido sobre se não seria "crueldade" deixar sem ajuda milhões de famintos, respondeu assim: "Não é. Se deixar a África lidar com seus problemas sozinha, o continente não vai fracassar ou morrer."
."

DN

A ajuda atrasa o desenvolvimento da África mas dá prémios Nobel.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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