Julgamento Venezuela.

"Apesar do encontro que manteve este fim-de-semana com o Presidente da República, Jorge Sampaio, e com o primeiro-ministro português, José Sócrates, para abordar o caso, Chávez referiu em conferência de Imprensa que a justiça na Venezuela é soberana.

Este é um caso entre outros e há mais gente nesta situação. A justiça na Venezuela é soberana e respeita os direitos humanos. Os atrasos que se têm verificado devem-se a problemas processuais”, explicou o presidente da Venezuela, em conferência de Imprensa, durante a Cimeira Ibero-americana que está a decorrer em Salamanca.

Sobre o processo, que garantiu "está a correr o seu curso", Hugo Chávez disse ainda que uma das suspeitas envolvidas no caso contratou um advogado que "está a fazer recursos processuais atrás de recursos processuais e que conseguiu a sua estratégia de adiar o julgamento".

CM e PD.

Muito revelou Chavez ao afirmar que o julgamento tem demorado mais tempo porque um advogado de defesa tem apresentado vários recursos que tem atrasado sucessivamente o julgamento. E quem é esse advogado? O nosso conhecido António Marinho (ver aqui) que viola os estatutos da Ordem dos Advogados ao vir para a comunicação social denunciar os sucessivos atrasos (ler aqui). Atrasos que são originados pelos seus vários recursos. Violação porque os advogados não podem escrever sobre processos judicias pendentes que têm entre mãos.

Numa teoria de conspiração simplista, a coisa parece funcionar assim: António Marinho vai atrasando o processo e escrevendo na comunicação social para influenciar a opinião pública (ler aqui e aqui). Outras forças vivas vão organizando manifestações de apoio para obrigarem a opinião pública a pressionar o governo português para este, por sua vez, pressionar a justiça Venezuelana.

Pondo uma pedra no assunto e descredibilizando Portugal, Chavez rematou que a “justiça na Venezuela é soberana”. Uma frase que diz tudo. Tanto lá, como cá. Cá aonde a justiça é cada vez menos soberana.

Recorde-se que o primeiro adiamento deveu-se ao facto de a principal arguida estar hospitalizada(ler aqui).