A Patética Extrema-Direita em Portugal

Sobre a extrema direita em Portugal eu não sei se se trata de uma extrema-direita nacionalista, serôdia e salazarenta, anti-europeia e anti-americana, saudosista dos tempos do Império colonial, e portanto saudosa de tempos que nunca se repetirão, ou se de uma extrema-direita inspirada nos ideários fascistas de matriz - Mussolini, ou com alguns laivos de neo-nazismo, o que eu mais abomino e acho ridículo, já que esta ideologia se baseava no que se acreditava ser a pureza racial e a sua superioridade sobre os outros que não fossem alegadamente arianos.

Ora é dificil encontrar povo mais miscigenado que o português, pelo que nada disso faz sentido.

Nem fazem sentido as ridículas cruzes célticas ou os braços no ar da saudação romana, enquanto se canta o Hino Nacional num minuto, e se manda fo*** os pretos no minuto seguinte, como na triste manifestação recente no Martim Moniz.

Uma nação tem sempre a ganhar para a sua revitalização com os cuzamentos culturais.

Uma nação isolada social e culturalmente, morre.

Muito sinceramente o PNR actual mete-me impressão pela pobreza de espírito da gereralidade dos seus poucos militantes.

O PNR é mais pequeno eleitoralmente que o PCTP-MRPP, e que diz tudo da sua representatividade nacional.

E ainda bem que assim é.

Condenar toda uma comunidade por causa de umas centenas de gandins de côr que andam a assaltar nos comboios e autocarros não faz sentido, como ser-se fascista em Portugal no século XXI também não o faz.

A esmagadora maioria da comunidade imigrante em Portugal é constituida por gente séria e trabalhadora.

O que se passa nos comboios é um caso de polícia e de justiça. Apenas.

O BE aproveita-se demagógicamente dessa situação, colocando no Estado e no sistema policial as culpas para a exclusão de comunidades de imigrantes. Mas o contrário é igualmente demagógico, para além de um folclore ridículo.

Porque o PNR não vai fazer com umas dezenas de manifestantes, uma demonstração na Cova da Moura ou no Bairro 6 de Maio?

Falta de coragem?