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"O luso-brasileiro Marcus Fernandes, acusado do assassinato de dois agentes da PSP em Março, deste ano começou ontem a ser julgado no Tribunal da Boa Hora, em Lisboa, com o seu defensor a pedir um teste de capacidade mental e o arguido a pedir apoio psquiátrico. Mas uma coisa ficou clara logo na primeira sessão do julgamento, os agentes António Abrantes e Paulo Alves nem tiveram tempo para sacar as armas dos coldres, atingidos por treze projécteis, no espaço de segundos.

A principal testemunha do duplo homício, o agente Pedro Pereira - que acompanhava as vítimas e foi também alvo de tentativa de homicídio - adiantou, ontem, ao tribunal, que as armas dos colegas estavam e ficaram nos "coldres e em posição de segurança".

O arguido estava armado com uma pistola de 9 mm, de marca Glock, metida num coldre nas costas, o que lhe facilitou o acto de sacar a arma, imediatamente depois de
deixar cair no chão o bilhete de identidade, solicitado pelos agentes. O advogado de Marcus Fernandes tentou, aliás, seguir uma estratégia no sentido de mostrar que os agentes não tinham feito a abordagem de acordo o regulamento sobre técnica policial. O testemunho do agente Pereira contrariou a tentativa. "

Para ser advogado de alguns arguidos é preciso ter "tomates". Ou então, é uma questão de feitio. Quanto ao moço, não é só apoio psquiátrico que precisa...