Imigrantes e imigrantes.
"Quanto a estas crianças, cada vez mais jovens, que se divertem a queimar tudo por onde passam, são puro produto da nova França", escreve, por seu lado, Le Soir d´Algerie, acrescentando que "não serve de nada atirar pedras aos outros, porque estes nasceram em França".Diríamos mais: "Onde chegastes França? Estás tão fraca, chamam-te covarde, o Irão pede-te para respeitares os direitos humanos dos revoltosos, a Argélia diz que estes são os teus filhos, não os dela... Enfim, recolhes o que semeastes. Destes demasiado atenção à esquerda caviar que te paralisou. É pena, já fostes um grande país." Repare-se como a Argélia subtilmente afirma que não os quer.
"São cidadãos que reflectem o verdadeiro rosto da sociedade francesa de hoje. Procurar culpar os islamistas, a máfia ou mesmo uma força estrangeira é o jogo favorito dos políticos, que para se desculparem e consolarem, multiplicam as pistas", sublinha o Le Soir d´Algerie.
"Estes franceses são o produto da escola laica que lhes deu os valores da República - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - princípios que na vida diária são ridicularizados", salienta o jornal argelino."
Neste caso, somos forçados a concordar com Miguel Sousa Tavares:
"A Europa vive num contra-senso. Precisa de imigração estrangeira para continuar a desenvolver-se, para continuar a sustentar a Segurança Social, porque são as pessoas novas que têm de o fazer. Por outro lado, ao receber os imigrantes, a Europa recebe problemas que não tinha anteriormente. Eu acho que, não obstante tudo o que se disser, e com razão, sobre a discriminação social e, digamos assim, o semi-abandono a que as autoridades públicas francesas votaram os emigrantes africanos e magrebinos, a questão não é principalmente uma questão social . É agravada pelos problemas sociais, falta de emprego, e tudo isso. Mas é uma questão cultural ou, se calhar, até civilizacional. Por alguma razão os portugueses se integraram bem em França e os magrebinos e os africanos integram-se pior. Ou seja: há duas formas de cultura que não jogam uma com a outra, o que não é fácil.
E nós vemos que os franceses seguiram um método em relação aos imigrantes – o que eles chamam o modelo republicano – e que diz: “vocês vêm para cá, aceitam as nossas leis e os nossos costumes e são cidadãos franceses”. Por seu lado, os ingleses seguiram outro, que é o método de deixar que eles façam a sua vida. As comunidades imigrantes inglesas, que vêm também e sobretudo das ex-colónias como no caso francês, vivem, fazem o seu culto, têm as suas escolas, andam com o véu islâmico e tudo isso, mas também lá algo correu mal. Porque foi dessas comunidades que vieram os terroristas – da segunda geração tal como em França – que atacaram em Londres. Portanto, não há uma solução correcta. O problema mais grave com que a Europa se debate actualmente é exactamente este. E temos aí bombas-relógio na Alemanha, na Bélgica, na Holanda, país onde já houve questões graves apesar de ser um modelo de integração. E não tinham nada a ver com os franceses, de quem podemos sempre dizer que são mais chauvinistas e que recebem pior os outros que são diferentes.
É verdade. Não é por um país ser mais ou menos liberal – essa é a lição, por mais que custe – que deixa de haver problemas. Os problemas são, de facto, de raiz cultural. Os imigrantes africanos estão desenraizados, façam os franceses o que fizerem, porque sentem que nunca serão iguais a eles, e isso é um facto. Se olharmos para as condições em que eles vivem, apesar de em Paris poderem ser tristes, estão sem dúvida alguma muitíssimo melhor do que estariam nos subúrbios de qualquer grande metrópole africana. Mas isso não chega para os integrar. O que é que chegará? Este é um problema para o qual ninguém tem resposta."
MST coloca o dedo na ferida: há uns imigrantes que são mais fáceis de integrar que outros. "Sob a capa da democracia e solidariedade os políticos ocidentais e pseudo intelectuais esquerdistas, fomentaram e incentivaram a vinda de pessoas com mentalidades diferentes na procura de subsídios, casas e boa vida. Agora que a crise chegou, temos as consequências. "
Convinha pensar nisso mas, infelizmente, a tolerância acéfala assassina traiçoeiramente a razão e autoriza, incentiva e institucionaliza o confronto.
18 Comments:
Não é possível manter os prIvilégios da Europa e, ao mesmo tempo, aceitar a globalização. Para abrir as portas tem-se de viver com uma multidão de excluídos, apátridas, forçosos marginais. Para manter o "estilo Europa" é preciso fechar as portas à emigração. Não é possível Sol na eira e chuva no nabal...
Quantos e quantos que tão vivamente criticaram o Sr. Le Pen, agora ao ver os seus bens violados e incendiados, estarão arrependidos das suas anteriores opções. Sabemos que esta gente nunca se há-de integrar, eles próprios não o querem, senão dariam o exemplo a partir do seu próprio país de etnia, e por isso fazem dos outros o que não lhes seria permitido no país de origem.
Este tipo de acontecimentos chegará em breve a portugal. Os nossos novos bairros sociais que tanto gostamos de mostrar nas inaugurações dos nossos autarcas já sao bairros onde a polícia não entra ou não entrará. Pois os traficantes de droga e outros é que fazem a lei. Estou eu em áfrica com mais segurança do que os residentes de alguns bairros portugueses.
A democratização da Europa, potenciada com a criação da C.E.E. gerou uma variedade de tachos e exageradas mordomias que a classe política despudoradamente distribuiu por si própria. Ficou tão enpanturrada que esqueceu a realidade envolvente. Sabia que para uma eventual crise, resultante dos seus desmandos, já tinha a resposta standard: é a globalização e o terrorismo.
O álcool compra quem quer, as drogas pesadas com um bocadinho de esforço qualquer puto da rua as compra e as armas estão a ir pelo mesmo caminho. A juventude está perdida por ter tudo isto à sua disposição mas também porque não têm pais que lhes ensinem o amor, a vida familiar e em sociedade comum, e infelizmente é um problema que se alastra pelo mundo inteiro.
Como é possível falarem em respeito pelos direitos humanos quando por exemplo um estrangeiro ilegal passa uma fronteira sem autorização, quando são esses mesmos estrangeiros ilegais na maioria oriundos dos países africanos que são os maiores violadores dos mais básicos direitos humanos de um povo no seu próprio país de origem.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Cada país desta Europa sem fronteiras na sua propria dimensão, valor, realidade e importancia... Nós tivemos o arrastão na Praia de Carcavelos... hehehe. Aos franceses há 12 dias que lhes queimam os carros, as escolas e os edifícios públicos entre outros. Graças a Deus, não somos desenvolvidos, não temos o nível de vida da Europa, os imigrantes, não nos pegam fogo e deixam-nos ter os nossos pópós.Hehehe.
Não há qualquer tipo de justificação para a destruição que alastra em França! Nem motivos sociais nem políticos de esquerda ou de direita nem sequer humanos justificam os acontecimentos causados por energúmenos a soldo sabe-se lá de quem. Já há policias feridos à bala, chegou o tempo do bíblico “olho por olho...” e de travar as falácias ocas das pseudo autoridades.
Eles atacam escolas e igrejas, já vão duas. Estas casas que tanto desprezam fizeram a felicidade da classe operária que, nos anos sessenta tiveram, enfim, direito a casas amplas, aquecidas com conduto de lixo etc...
O problema é q estes jovens n dão valor a nada, são protegidos demais, gerações como a dos meus pais, q eram de famílias muito pobres, q passaram fome, q em vez de irem à escola e brincarem, eram obrigados a trabalhar no campo e cuidar do gado, q passaram por verdadeiras dificuldades, n se tornaram bandidos, trabalharam no duro para q os seus filhos n passassem pelo mesmo, e o q aconteceu?
Muitos não dão valor ao pouco que os pais lhe dão, o pouco que para esses mesmos pais quando eram jovens era muito. Hoje em dia alguns optam por tomar o caminho mais fácil, o da marginalidade... Sim porque levantar às 5h da manhã para ir trabalhar está fora de questão, e como sem trabalho não conseguem ter as coisas que desejam, destroem o pouco daqueles que trabalham.
Estes camaradas deitam fogo a infantários, escolas e centros de saúde, entre outros (bens que servem a comunidade). O que acham que merecem? A nossa compreensão?O nosso sistema político (a democracia vista pelo ocidente)não sabe lidar com estes fenómenos. É como se um médico, perante um doente com uma doença grave, insistisse em tratá-lo com aspirinas. Não resulta, naturalmente.
Nao consigo perceber porque e que um pobre tem que ser ladrao, assassino, vandalo, etc. Todos os emigrantes que nos anos 60 foram por essa Europa fora, eram muito pobres, incultos, e sem terem 'onde caír mortos', no entanto trabalharam e mostraram que a trabalhar também se vence. Olhem se esses tivessem optado por serem também 'marginalizados da sociedade?'
Os que tudo fizeram por sair do ghetto. Estas pessoas que escolhem a destruiçao e o medo para mostrar a sua 'revolta' nao passam de cobardes! Eles acham-se no direito de tudo exigirem, sem darem nada em troca. É a política do 'nós somos os marginalizados da sociedade'.É muito mais fácil clararem-se de vítimas que dar a volta por cima. Como dizia o outro 'o elevador avariou, subi as escadas'.
Como o bispo pode apelar ao fim da marginalização, se esses bandidos que estão a semear o terror e a incendiar tudo ,a bricar a quem incendeia mais carros? E através da Internet.Não é um problema de marginalização, mas sim um problema de ordem , e castigar severamente esses criminosos que só querem a destruição e a morte.
Ao que parece encontra-se em estudo uma nova directiva de normalização da comissão europeia, a qual proíbe o uso de pénis demasiado curtos ou demasiado compridos, rectilílios ou de curvatura demasiado acentuada, ou ainda que apontem para a esquerda ou para a direita. Neste último caso os seus possuidores serão processados por propaganda eleitoral ilegal.
É interessante o facto de estes distúrbios serem causados por jovens imigrantes ou descendentes de tais! Mais um facto curioso para o senhor Louçã comentar!!! Malvados dos franceses, constroem subestações eléctricas e os rapazes que para lá vão confraternizar, morrem! Não está certo! Depois admiram-se que a malta se revolte e incendeie carros!
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