Pelos bastidores.
Jorge Sampaio no seu livro "Portugueses IX" desabafa que teria renunciado ao cargo de "Presidente da República" se as eleições de 20 de Fevereiro tivessem dado a vitória à anterior maioria parlamentar. Mas a dissolução do Parlamento não foi um gesto arriscado. O desgaste do governo de Santana Lopes, diariamente fustigado por uma comunicação social "guerrilheira", e as sondagens indicavam claramente a vitória de Sócrates.
Só por curiosidade, recordemos alguns episódios deste governo:
A/ Demissão do Ministro das Finanças;
B/ Contradições entre ministros e o primeiro-ministro;
C/ Erros nas contas do orçamento;
D/ Erros na argumentação justificativa.
Ora, sendo de longe mais graves que os episódios do governo de Santana Lopes, não mereceram grande destaque na comunicação social ou dos habituais comentadores políticos.
Assim sendo, este testamento político de Sampaio tem como finalidade condicionar a actuação do futuro presidente da República. Comprovando o exposto, temos Mário Soares que, aproveitando a deixa, veio defender que se um presidente "se engana numa dissolução da Assembleia da República, se for uma pessoa honesta, tem de se demitir". Logo foi secundado pelo constitucionalista Vital Moreira através de um artigo publicado no jornal "Público" a defender a tese da renúncia.
Como é facilmente verificável, as declarações de Soares e Vital mais não são, tal como afirma Blanco de Morais, "uma sofisticada estratégia política e discursiva, destinada a limitar, à margem da Constituição, a futura liberdade política inerente ao poder de dissolução do Presidente da República que venha a ser eleito":
Ou seja, pretende condicionar Cavaco Silva numa eventual tentação de fazer cair o governo de Sócrates.
Só por curiosidade, recordemos alguns episódios deste governo:
A/ Demissão do Ministro das Finanças;
B/ Contradições entre ministros e o primeiro-ministro;
C/ Erros nas contas do orçamento;
D/ Erros na argumentação justificativa.
Ora, sendo de longe mais graves que os episódios do governo de Santana Lopes, não mereceram grande destaque na comunicação social ou dos habituais comentadores políticos.
Assim sendo, este testamento político de Sampaio tem como finalidade condicionar a actuação do futuro presidente da República. Comprovando o exposto, temos Mário Soares que, aproveitando a deixa, veio defender que se um presidente "se engana numa dissolução da Assembleia da República, se for uma pessoa honesta, tem de se demitir". Logo foi secundado pelo constitucionalista Vital Moreira através de um artigo publicado no jornal "Público" a defender a tese da renúncia.
Como é facilmente verificável, as declarações de Soares e Vital mais não são, tal como afirma Blanco de Morais, "uma sofisticada estratégia política e discursiva, destinada a limitar, à margem da Constituição, a futura liberdade política inerente ao poder de dissolução do Presidente da República que venha a ser eleito":
Ou seja, pretende condicionar Cavaco Silva numa eventual tentação de fazer cair o governo de Sócrates.
2 Comments:
Quem foi o presidente que demitiu Cavaco Silva que nas eleições seguintes teve maioria absoluta?
Mário Soares Foi Presidente da República de 9.3.1986 a 11.3.1996.
Cavaco Silva toma posse em 6 de Novembro de 1985 com o X Governo Constitucional. Terminou o seu mandato a 17 de Agosto de 1987 destituído pelo então presidente.
Após novas eleições é convidado pelo vai-se lá saber por quem a formar o XI Governo Constitucional com maioria absoluta. Tomou posse a 17 de Agosto de 1987, sendo constituído pelo Partido Social-Democrata, com base nos resultados das eleições de 18 de Julho de 1987. Terminou o seu mandato a 31 de Outubro de 1991.
Se hoje devia se demitir porque não o fez em 1987. Este Soares não tem mesmo vergonha e é ainda pior de memória curta não se lembra do que fez. Vital Moreira devia estar bem caladinho e não defender o indefensável. Ainda perdemos o pouco respeito que ainda lutamos por manter.
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