Ter casa.
"Uma menina de 12 anos, violada em Junho do ano passado na zona da Quinta do Mocho, onde vive, um bairro degradado do concelho de Loures, vai ser retirada à mãe e internada numa instituição. Segundo o jornal ‘Público’, a menina foi violada a 18 de Junho. “Amarraram-lhe os pés e as mãos, eram três contra a criança; deram-lhe da fumaça e ela desmaiou”, descreveu a mãe ao jornal. O crime aconteceu no caminho da escola para casa, no interior de uma barraca nas imediações do bairro.
A mulher cabo-verdiana, em Portugal desde 2001, contou a sua história em várias instituições de solidariedade na Segurança Social. Vive numa cave húmida de um prédio e tem medo que ataquem novamente a filha, agora com 14 anos. A mãe da criança escreveu cartas à Câmara de Loures – a pedir uma casa para onde fosse viver com a filha, longe da Quinta do Mocho. Mas, por não estar incluída no Programa de Realojamento, nada foi feito."
Imagine-se que os violadores são realojados juntamente com a senhora e a filha. Deixam de ser criminosos porque têm uma casa? A história parece mal contada. De qualquer forma regista-se que o problema já não é morar numa barraca mas sim num prédio húmido. Quantos milhares de portugueses contribuintes vivem em casas húmidas e degradadas?
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