Democracia, comunicação social e justiça.
Só há democracia quando os tribunais são transparentes e rápidos, o jornalismo é livre, independente e responsável, e o povo tem o direito constitucionalmente garantido de ser informado.
Infelizmente muitos jornalistas não percebem nada das leis e do funcionamento processual, não respeitam o segredo de justiça e a privacidade dos arguidos, invocam o seu sigilo profissional consagrado na lei para desculparem-se dos seus erros e têm por objectivo, na melhor das hipóteses, o aumento de “share”.
Ora, por mais que seja invocado o direito à informação, este não é compatível com a “notícia por encomenda”. Até porque a falsa notícia alimenta a descredibilização dos media que, diga-se de passagem, é cada vez maior.
Assim, os jornalistas têm de ser preparados para compreender e lidar com a máquina da justiça, quer através de cursos, quer através da criação de gabinetes de apoio nos tribunais. O mesmo se passa com os profissionais do direito. Também eles devem ser preparados para relacionar-se com os media e o seu funcionamento.
Acresce que, para terminar com a impunidade que fomenta a publicação de falsa informação, deve a lei de imprensa ser alterada, obrigando o jornalista a respeitar o segredo de justiça, a revelar as suas fontes e a sofrer duras punições.
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