sexta-feira, dezembro 02, 2005

Democracia? Partidocracia? Ou o cheiro entre ratazanas que se odeiam

Já aqui tenho lembrado que o meu Deus é um Deus simples num mundo complicado. Em conversas com o meu avô Toupeira ele por vezes fala-me de um homem chamado Goethe e diz-me que é um panteísta e para ele a Natureza é a única realidade. A transgressão do imperativo ético leva o homem à negatividade que o destrói a si mesmo e a todos os que se lhe deparam no seu caminho.

Deixo algumas reflexões deste príncipe dos poetas alemães:

“A conduta é um espelho em que cada um mostra a sua imagem.”

“Ninguém é mais escravo do que aquele que se tem por livre sem o ser.”

“Se alguém se reconhece livre, no mesmo instante se reconhece condicionado. Mas, se a mesma pessoa se reconhece condicionada logo se sente livre.”

Já decerto repararam que os comentários desta pobre toupeira acabam por ligar com factos ou coisas que por vezes nem o são (factos). Será que neste local onde habito existe uma coisa a que alguns humanos pomposamente chamam de democracia?

Afinal existe só porque dizem que é?

Será que dizem que é, porque são donos e senhores dela e de todos os subhumanos que nela habitam e que por ignorância de uns, conveniência de outros ou simplesmente por condicionamento canino é melhor aceitarem e deixarem as coisas como estão?

Vem isto a propósito de alguns candidatos a chefe máximo do sítio serem tratados abaixo de cão, ou pura e simplesmente ignorados pela partidocracia implantada há cerca de 30 anos. Afinal para ser candidato é preciso ser cidadão português, ter determinada idade, ter a vontade de o ser e cumprir os critérios que a chamada lei exige.

A partir desse momento deveriam ter igualdade de tratamento. Mas não é assim.

É necessário ter clientela ou ser cliente de alguma coisa, de um partido, de vários, ser apoiado por este ou por aqueles figurões, independentemente das contas que têm, ou deveriam ter, com a justiça, entendida da forma como Nietzsche a entendia, e ser aceite depois de ser cheirado pelo grupo, como o fazem as minhas conhecidas ratazanas.

Garcia Pereira, José Maria Martins ou outros, deveriam ter igual tratamento pelos media, independentemente se são públicos ou privados, porque os licenciamentos podem ser, devem ser, revistos em função do cumprimento estrito da lei, para o caso em análise e a justiça e os tribunais não podem olhar para o lado. Se a justiça olha para o lado, é porque o estado não existe, daí isto ser apenas um sítio muito mal frequentado.

De que se queixavam no exílio alguns figurões hoje candidatos durante o regime do Dr Salazar, durante as campanhas eleitorais?

Para ser mais agressivo: porque não ladram agora?

Será que se tornaram pequenos ditadores e defendem o seu maior ou menor território, como as ratazanas cinzentas? Ou são apenas cachorros com dono?

Custa a ouvir?

Por mim gosto mais de ser toupeira. “Nada é mais adverso do que a «maioria». Porque ela é constituída por uns poucos poderosos percursores, pior, tratantes que se acomodam, por débeis que se assimilam, e pela massa que rola sem saber, no mínimo dos mínimos, o que quer.” – GOETHE.

2 Comments:

Blogger João Santos said...

Caro Toupeira, aceite os meus cumprimentos e que fique inscrita a minha adesão á perspectiva que deixa exposta no post. A questão é que a vida é feita por 'seres humanos', no fundo, falo da eterna dúvida de Rousseau quando do Contrato Social. Teve a noção absoluta da impraticabilidade das suas teorias, apenas porque a Terra era frequentada por 'pessoas'. Contudo, não existem manuais observando esse interessante ponto de vista. Mas também soube que era uma bela teoria, como muitas outras existem. Realmente, as gentes, e repare que não falo em pessoas, essas são outra categoria de gente, quando se acomodam, esquecem rapidamente os seus sonhos e ambições. E não se esqueça que da mesma maneira que há quem queira ficar com o negócio das padarias para seu controlo, a mafia fê-lo, também há quem queira ficar com o 'negócio' da direcção dos destinos dos países.
E que melhor sistema que esse a que se apelida de democracia para o poder praticar!

Estamos na era da quantidade, meu caro.
Sonhar é perigoso. O poder caiu fora dos sonhos e já existem muitos tenentes senhores da máquina dos negócios do mundo, que não dele!

sábado, dezembro 03, 2005  
Anonymous Anónimo said...

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terça-feira, abril 24, 2007  

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