quinta-feira, dezembro 15, 2005

A excessiva mediatização de todo o processo do Caso Joana.

"Quando Cipriano voltou a erguer a mão, já a menina estava junto à porta do quarto. Desta vez, Joana bateu com a cabeça na ombreira da porta à altura do puxador e deitou sangue do nariz. Apanhou mais duas chapadas, dadas pela própria mãe, Leonor. A menina voltou a bater com a cabeça, outra vez na ombreira, mais abaixo. Joana deitou sangue pela boca e sangrou do sobrolho esquerdo.As seis pancadas mataram-na e a sucessão de golpes foi confessada pelo próprio João Cipriano aos inspectores da PJ, treze dias após o crime. O tribunal considerou-a válida: no último dia 11 de Novembro condenou João a 19 anos e dois meses de cadeia e Leonor a 20 anos e quatro meses."

CM

Afirma António Marinho, na sua crónica publicada no Expresso, que a acusação "foi criada artificialmente como forma de desviar as atenções das insuficiências das investigações". Curiosamente foi o contrário que ficou no ar: as notícias invariavelmente deitavam a baixo a investigação e alimentavam a inocência dos arguidos aos olhos da opinião pública. Continua Marinho o seu arrazoado dizendo que a confissão dos arguidos resultou do facto de terem sido torturados pela PJ e não deve ser válida. Termina fazendo crer que os arguidos estão inocentes. Compreende-se que o passado de Marinho tenha alimentado um profundo ódio aos órgãos judiciais (polícias, magistrados, etc.). Mas deixar-se inebriar por esse ódio ao ponto de tentar inocentar o tio e mãe que assassina a própria filha, cortou-a aos pedaços e escondeu os vestígios é demais.

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