7 de Janeiro de 1325
Morre D. Dinis e o seu filho, Afonso IV, torna-se rei de Portugal.
D. Dinis I ou D. Diniz I (9 de Outubro 1261 – 7 de Janeiro 1325, Santarém), cognominado O Lavrador ou O Rei-Agricultor (pelo impulso que deu àquela actividade no nosso país), e ainda O Rei-Poeta ou O Rei-Trovador (pelas Cantigas de Amigo que compôs e pelo desenvolvimento da poesia trovadoresca a que se assistiu no seu reinado), foi o sexto Rei de Portugal. Dinis foi filho do Rei Afonso III pela sua mulher a infanta Beatriz de Castela, e tornou-se rei em 1279.
Dinis, rei de Portugal.
Como herdeiro da coroa, Dinis desde cedo foi envolvido nos aspectos de governação pelo seu pai. À data da sua subida ao trono, Portugal encontrava-se de novo em conflito com a Igreja Católica. Dinis procurou normalizar a situação assinando um tratado com o Papa Nicolau III, onde jurava proteger os interesses de Roma em Portugal, nomeadamente ao conceder asilo à Ordem dos Templários (chamada em Portugal Ordem de Cristo) perseguida em França. Com a Reconquista terminada, Dinis foi essencialmente um rei administrador e não guerreiro, apesar do pequeno conflito travado com Castela pela posse das vilas de Serpa e Moura. Resolvido este assunto, nenhuma outra guerra se fez durante o seu reinado, confirmando assim a memória de Dinis como um rei invulgarmente pacífico para a sua época. Assim, as prioridades governativas foram essencialmente a organização do país e continuou as políticas de legislação iniciadas pelo seu pai. Dinis publicou o núcleo do Código Civil e Criminal, focando a protecção das classes menos favorecidas de abusos de poder. Durante o seu reinado, fez várias viagens em torno do país, visitando vilas e resolvendo problemas. Com sua mulher, a Rainha Santa Isabel, Dinis procurou melhorar a vida dos pobres e fundou várias instuiçoes de caridade.
Preocupado com as infrastruturas do país, Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação dos seus produtos para outros países europeus. Assinou o primeiro tratado comercial com Inglaterra em 1308 e fundou a marinha mercante portuguesa. Dinis promulugou a primeira reforma agrária de Portugal, redistribuíu terras, promoveu a agricultura e fundou várias comunidades rurais, assim como mercados e feiras. Um dos seus maiores legados foi a ordem de plantar o Pinhal de Leiria, que ainda se mantém, de forma a proteger as terras agrícolas do avanço das areias costeiras. A cultura foi outro dos seus interesses pessoais. Dinis apreciava literatura e escreveu vários livros pelo seu próprio punho, com temas como admnistração ou caça, e vários volumes de poesia. Durante o seu reinado, Lisboa foi um dos centros Europeus de cultura. A Universidade de Coimbra foi fundada pelo seu decreto Magna Charta Priveligiorum.
Os últimos anos do seu reinado foram, no entanto, marcados por conflitos internos entre os seus dois filhos: Afonso o herdeiro legítimo, e Afonso Sanches, seu filho natural. Este diferendo foi resolvido pela intervenção da Rainha Santa Isabel, após o recontro de Alvalade, em que o rei e o herdeiro se travaram de razões. D. Dinis está sepultado no Convento de S. Dinis, em Odivelas.
Descendência:
De sua mulher, infanta Isabel de Aragão (1270-1336)
Constança, infanta de Portugal (1285-1313), casou com o rei Fernando IV de Castela
Afonso IV, Rei de Portugal (1290-1357)
Filhos naturais (incompleto)
João, senhor da Lousã (1280-1325)
Pedro, conde de Barcelos (1287-1357)
Afonso Sanches (1289-1329), senhor de Albuquerque e rival de seu irmão Afonso IV.
Wikipedia
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