Habitual má memória.
"O maior agressor temos sido nós. Para já não falar das Cruzadas, que vão longe mas que estão presentes como alguma coisa que se passou anteontem, para já não falar na colonização de África e de vários povos islâmicos e asiáticos, para já não falar da política de canhoneira seguida pela Inglaterra em relação a esses países, veja o que foi a estratégia seguida pela maior potência mundial no mundo árabe neste momento."
Freitas do Amaral
1/ A ascensão do imperador romano Constantino representou um ponto de viragem para o Cristianismo. Em 313 ele publica o Édito de Tolerância (ou Édito de Milão) através do qual o Cristianismo é reconhecido como uma religião do Império e que concede a liberdade religiosa aos cristãos. A Igreja pode possuir bens e receber donativos e legados.
2/ O Império Árabe teve sua formação a partir da origem do islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé. Antes disso, a Arábia era composta por povos semitas que, até o século VII, viviam em diferentes tribos. Apesar de falarem a mesma língua, estes povos possuíam diferentes estilos de vida e de crenças. Foi após a morte do profeta, em 632, que a Arábia foi unificada. A partir desta união, impulsionada pela doutrina religiosa islamita, foi iniciada a expansão do império árabe. Os seguidores do alcorão, livro sagrado, acreditavam que deveriam converter todos ao islamismo através da Guerra Santa. Firmes nesta crença, eles expandiram sua religião ao Iémen, Pérsia, Síria, Omã, Egipto e Palestina. Em 711, dominaram grande parte da península ibérica, espalhando sua cultura pela região da Espanha e Portugal. Em 732, foram vencidos pelos francos, que barraram a expansão deste povo pelo norte da Europa. Aos poucos, novas dinastias foram surgindo e o império foi perdendo grande parte de seu poder e força (mais aqui) .
3/ As Cruzadas são tradicionalmente definidas como expedições de carácter "militar" organizadas pela Igreja, para combaterem os inimigos do cristianismo e libertarem a Terra Santa (Jerusalém) das mãos desses infiéis. O movimento estendeu-se desde os fins do século XI até meados do século XIII. O termo Cruzadas passou a designá-lo em virtude de seus adeptos (os chamados soldados de Cristo) serem identificados pelo símbolo da cruz bordado em suas vestes. A cruz simbolizava o contrato estabelecido entre o indivíduo e Deus. Era o testemunho visível e público de engajamento individual e particular na empreitada divina.
Foram motivadas pela conjugação de diversos factores, dentre os quais se destacam os de natureza religiosa, social e económica. Em primeiro lugar, a ocorrência das Cruzadas expressava a própria cultura e a mentalidade de uma época. Ou seja, o predomínio e a influência da Igreja sobre o comportamento do homem medieval devem ser entendidos como os primeiros factores explicativos das Cruzadas. Tendo como base a intensa religiosidade presente na sociedade feudal a Igreja sempre defendia a participação dos fiéis na Guerra Santa, prometendo a eles recompensas divinas, como a salvação da alma e a vida eterna, através de sucessivas pregações realizadas em toda a Europa.
Procurem semelhanças entre as cruzadas do séc XIII e o actual Islão. Se, por manifesta sorte, encontrarem algumas, informem o prof.
P.S. Não vale ler as partes coloridas. Nem na fotografia em baixo.
Resumindo: Em 313 o império romano tornou-se cristão e englobava toda a região mediterrânica e Bretanha (conforme se pode constatar no mapa). Em 632, mais de 300 anos depois, os seguidores do alcorão decidem converter todos ao islamismo através da Guerra Santa. Em 1096 inicia-se a cruzada popular (não confundir com a primeira cruzada – ler aqui), composta por guerreiros e uma multidão de mulheres e crianças, com o objectivo de reconquistar Jerusalém. Em 1270 inicia-se a oitava e última cruzada. Afinal quem agride quem?
2 Comments:
excelente assur!
Very nice site!
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