quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Sequestrados e de cócoras

A FAO, organização que nunca se percebeu bem para que serve, avisou que Portugal iria ter uma Primavera perigosa e possivelmente horrível, porque só esta Primavera as aves migratórias decidiram trazer nas suas células, a servir de hospedeiras, o famigerado, o temido e nunca alterado H5N1.

Deus nos livre se ele muda para H1Nsw, ou que o homem pense que é Deus, ou se já aconteceu a vinda do novo messias, pobres humanos que vão morrer…

No Inverno a migração vinha do Norte e com ela o vírus e agora os azimutes viraram, como o vento muda e vêm de África, mas com o vírus, que afinal já estava em África.
A agência das Nações Unidas, (não se saberá quais e refiro-me às nações), a agência, como dizia, das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, vulgo FAO, através do director do departamento de produção e saúde animal Samuel Jutzi, referiu que “agora devemos dizer que há um risco para a Primavera”. Interessante o “devemos dizer”, será erro de tradução ou a voz do dono que não conseguiu ocultar?

Ainda bem que quem o diz tem um nome bíblico, porque por certo preparam o Apocalipse ou a resposta ao mesmo, porque Deus decerto já não é o que era e o homem é capaz de fazer frente ao dito capítulo bíblico, pelo menos para alguns ignorantes, ímpios e agnósticos.

Parece que Deus continua a olhar para o lado, acerca da sua mais imperfeita, mas mais desejada criação.

Eu, pobre toupeira e ainda mais o meu avisado Avô Toupeira, diremos que aqui há marosca.

É que um organismo que nunca resolveu o problema da fome a nível do planeta, quer em nome da sanidade animal, mandar sacrificar muitos mais milhões de animais criados com alimentos dados à mão, com muito menos possibilidades de manipulação pelas indústrias de sementes e pesticidas.

De repente Tordesilhas volta à baila, neste caso, porque de Norte para Sul e agora de Sul para Norte, as aves e o vírus, como que telecomandados, não atingem um continente, que me dispenso de dizer qual é, deixo aos vossos conhecimentos de geografia. No médio oriente parece que o Iraque até por essa praga foi atingido, depois das pragas que o assolam à semelhança das pragas bíblicas que deixaram o povo eleito sair do Egipto, para grande alívio do Faraó, apesar das perdas. Por lá haverá pequenas versões de Tordesilhas.

Assim, avisam-se os humanos do sítio que escusam de criar galináceos, porque serão sacrificados e terão que comer proteína produzida por quem a FAO entender, mesmo que se trate de caca esterilizada, liofilizada e normalizada pelos do costume.
Terá que se fazer o sequestro, nome utilizado em gíria de crime e em veterinária.
Mas, pergunto, afinal quem serão os sequestrados?

Como há dias diziam uns avisados de espírito, a Europa está de cócoras, agora parece que ficará em sequestro.

Assim não admira que aquilo que parece uma posição do corpo assumida pelos chamados dirigentes ocidentais, que antes da invenção da sanita, servia para defecar ou para outros actos que se possam imaginar, não o seja de facto, trata-se de uma forma retórica que define a subserviência em relação ao poder do dinheiro, porque a ele tudo se resume.

A Europa não está de cócoras, quem está de cócoras é a carneirada que acredita que a democracia é um regime em que os criminosos têm direitos, antes de todos os outros que cumprem a lei como boa ovelhas de um rebanho.

Ao que parece muitos já perceberam isso e a isso aproveitam, refiro-me é claro aos criminosos.

Agora depois de ficarem de cócoras são sequestrados, não no Iraque mas na própria casa e deixam de ser donos e responsáveis do que é seu, afinal parece que Lenine está vivo, mas fala de outra maneira em nome da globalização em sentido restrito, porque existe em sentido lato e principalmente em nome do mercado.

Deixo a seguir algumas hipóteses que poderão escolher, conforme lhes aprouver e conforme mais gostariam de ver definido e qual a finalidade do castigo:

“Castigo, meio de impedir o criminoso de continuar a causar dano.

Castigo, meio de inspirar o Terror aos que determinam e executam o castigo.

Castigo, meio de eliminar um elemento degenerado ( e às vezes toda uma família, como na China; meio, pois, de depurar a raça e manter o tipo).

Castigo, pagamento de honorários ao poder que protege o malfeitor contra os excessos de vingança. (…)

…Esta lista não é completa ( no original), porque é evidente que o castigo encontra a sua utilidade, em todas as circunstâncias.”

Nietzsche em “A genealogia da moral “

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