segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Processo Eurominas.

"A Assembleia da República bem poderia criar uma comissão parlamentar de inquérito à comissão de inquérito sobre a gestão do processo Eurominas. Tratar-se-ia de inquirir porque motivo o grupo parlamentar do PS se apressou a elaborar um relatório final, antes mesmo de conhecer novos documentos ou proceder a novas audições que poderiam alimentar os argumentos das teses em confronto sobre a matéria. No inquérito Eurominas o PS optou pelo ponto final num caso dominado por reticências.

É certo que as comissões parlamentares de inquérito estão um tanto ou quanto desacreditadas, tantos e tais foram os casos em que a força das maiorias se impôs à razão e às evidências. Para o cidadão comum chega frequentemente a dar a ideia que algumas comissões poderiam redigir os respectivos relatórios finais antes mesmo que inquirir fosse o que fosse, concluindo a exibição das suas ideias preconcebidas com um solene ‘quod erat demonstrandum’, como dizia o velho Euclides e como diz Pacheco Pereira. Mas persistir no descrédito dos inquéritos é um mau serviço prestado à democracia.

Neste caso, fica a pairar a vaga suspeita que alguém queria comprometer outrem, o que não conseguiu num tempo útil. E então, acaba-se rapidamente e em força com a conversa, ficando sem saber-se com rigor tudo, quando e como se passou. A Eurominas foi prejudicada pelo Governo Cavaco ou foi beneficiada pelo Governo Guterres? E no caso de resposta afirmativa a esta segunda hipótese, qual o papel privado de ex-titulares de altos cargos públicos? Ficamos assim, o que lá vai, lá vai.

A suspeição é o caldo de cultura da desconfiança dos eleitores nos eleitos e da descrença nas instituições e na democracia. E toda a gente sabe como há cada vez mais desconfiados e descrentes. Na proporção das suspeitas não esclarecidas sobre clientelismo e troca de favores.
"

João Paulo Guerra

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ora aqui está um assunto sobre o qual vale a pena meditar...
A quadrilha continua activa e recomenda-se.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Eu preferia que JPG nos contasse a "verdadeira história da Eurominas".Porque até agora o que percebi é que o Estado deu um terreno a uns amigos que puseram lá umas tralhas e depois receberam uns milhões por devolver o dito terreno.Mas, não deve ser verdade, porque uma coisa destas não de fazia entre nós(ah,ah,ah..)

segunda-feira, fevereiro 06, 2006  
Anonymous Anónimo said...

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quinta-feira, fevereiro 01, 2007  

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