"Quantos bairros problemáticos há na Grande Lisboa, na área da PSP?
Neste momento, em termos genéricos, há 36 bairros problemáticos. Em que há hostilidade contra a polícia e contra os cidadãos que lá vivem.
O policiamento mais musculado tem resultado?
Tem. Orientamos o esforço no sentido da detecção e detenção de indivíduos provocadores de instabilidade. Detivemos muitos deles. E depois a visibilidade permanente a todas as horas também fez com que de algum modo ficassem receosos. Apostamos no carácter científico da utilização da polícia. Todos os meses enviamos para os comandantes das esquadras, a análise circunstanciada da criminalidade. Eles sabem o tipo de crimes e onde se realizaram naquela zona, tudo ao pormenor. Nós colocamos a polícia com base nessa análise científica. Claro que também apostamos na prevenção em zonas turísticas, por exemplo, ou seja zonas onde não há criminalidade mas onde temos de reforçar o sentimento de segurança.
Como caracteriza o pessoal que trabalha na Amadora? É verdade que só vão para lá os homens menos bem classificados?
Em parte é verdade. Há sítios onde as pessoas voluntariamente não querem ir. Do ponto de vista psicológico demos apoio psicológico à esquadra inteira e aos familiares das vítimas. "
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4 Comments:
Na maioria das situações são realojados, ou seja, uma espécie de troca de "barraca" por "casa nova"! Eu se quiser uma casa tenho de me "endividar" perante um banco, enquanto estas pessoas "montam" uma barraca num terreno que não lhes pertence e depois quando surge alguém para repor a legalidade da situação que é expulsá-los de propriedade alheia ainda têm o "descaramento" de exigir uma casa nova.
As zonas circundantes aos bairros estão a saque. São assaltos à mão armada em estabelecimentos comerciais, são telemóveis e outros artigos pessoais levados por jovens que desaparecem nas ruas afuniladas dos bairros, são carros roubados para a realização de outros crimes ou apenas por diversão e são pessoas assassinadas por meia dúzia de tostões. As vítimas são indiferenciadas – comerciantes, transeuntes e automobilistas, ninguém está a salvo.
É de salientar que dos quatro agentes da PSP assassinados em 2005, três foram na Amadora. A escalada da criminalidade no concelho tem sido de tal forma grande que o presidente da autarquia, Joaquim Raposo, reclama a tomada de medidas para se combater este flagelo.
O Bairro da Cova da Moura é o que mais títulos tem proporcionado à Imprensa. No entanto, o Bairro de Santa Filomena está a tornar-se num rival à altura ao nível da criminalidade. José Freire, de 46 anos, teve há cerca de seis meses uma visita inesperada de cinco filhos do bairro. Este pedreiro de raça africana conta que estava a dormir quando cinco homens encapuzados, armados com pistolas e caçadeiras, entraram em sua casa. “Acordaram-me e ameaçaram-me com as armas. Depois roubaram-me o dinheiro, o telemóvel e a aparelhagem. Não lhes vi as caras mas acho que fui assaltado por putos que criei aqui.”
Uma senhora de raça negra, que preferiu manter o anonimato, disse que a sua casa nunca foi assaltada, mas que tem havido muitos assaltos no bairro. “Eles tiram as telhas e entram nas casas pelo telhado. Temos medo porque não é só um grupo, são muitos grupos, são muitos e à noite aparecem com carros roubados a fazer ‘rali’ nas ruas do bairro. Fazem muito barulho e vão contra as paredes das casas”, diz aquela moradora de 54 anos.
No Bairro de Santa Filomena e zona circundante respira-se um ambiente de medo por parte dos moradores e comerciantes. Medo de se ser assaltado e medo de falar, pois as represálias são frequentes.
A Avenida General Humberto Delgado é um dos locais privilegiados para a prática de delitos dos jovens daquele bairro. Por sorte os comerciantes daquela via têm sido poupados, já que os meliantes preferem roubar as pessoas que passam na rua, em geral por esticão. O mesmo não acontece junto ao bairro da Cova da Moura, onde praticamente todos os estabelecimentos comerciais foram assaltados.
No Bairro do Alto da Damaia, José Cunha, de 52 anos, assiste diariamente a assaltos praticados junto à sua oficina. “Roubam as pessoas na rua, mas também furtam muitos carros”.
A estação de comboios de Santa Cruz da Damaia está cercada por alguns dos piores bairros do concelho, como a Cova da Moura, 6 de Maio, Estrela de África e a Estrada Militar do Alto da Damaia. A zona é uma verdadeira ‘mina’ para os ladrões. À saída dos comboios, nas paragens dos autocarros e um pouco por todas as ruas circundantes, roubam telemóveis, fios de ouro, malas de senhora, geralmente por esticão.
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