Fecho das maternidades: razões de segurança ou negócio?
"Até ao final do ano, perto de 4500 crianças vão deixar de nascer no seu local de origem, consequência do fecho dos blocos de partos em nove maternidades. A medida do Ministério da Saúde, justificado por razões de segurança, foi bem recebido pelos profissionais de saúde. Mas levantam dúvidas sobre a sua concretização. Os maiores receios vão para o transporte das grávidas.
O relatório da comissão de saúde materna, que esteve na base da decisão da tutela, define que o acompanhamento às grávidas deve ser feito no bloco a encerrar. Apenas o parto é transferido e a parturiente deve ser acompanhada por um enfermeiro especialista sempre que o caminho para a nova maternidade seja superior a 20 quilómetros (ou 30 minutos). O problema é que há uma grande carência destes profissionais - são 1641, mas nem todos estão a exercer.
"Se não há enfermeiros suficientes para estarem nos centros de saúde e nos hospitais, como é que eles podem ainda acompanhar as grávidas nas ambulâncias?", questiona Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros de Portugal .
Mas também os médicos levantam reticências. Mário Jorge, da Federação Nacional dos Médicos, tem dúvidas sobre os argumentos apresentados e alerta para eventuais efeitos perversos: "O problema é que vão abrir uma série de clínicas privadas nos locais onde as maternidades fecham, sem requisitos de qualidade exigidos ao sector público", avisa. Pior: teme que não haja qualquer decisão oficial para disciplinar as questões da segurança no sector privado. O argumento de que a existência de 1500 partos por ano não permite aos profissionais a prática suficiente não convence: "Um hospital central em Lisboa faz 2000 a 2500 partos por ano, mas tem 50 obstetras. Outro, da periferia, faz só mil, mas tem sete ou oito: quais é que têm mais treino?"
DN
O relatório da comissão de saúde materna, que esteve na base da decisão da tutela, define que o acompanhamento às grávidas deve ser feito no bloco a encerrar. Apenas o parto é transferido e a parturiente deve ser acompanhada por um enfermeiro especialista sempre que o caminho para a nova maternidade seja superior a 20 quilómetros (ou 30 minutos). O problema é que há uma grande carência destes profissionais - são 1641, mas nem todos estão a exercer.
"Se não há enfermeiros suficientes para estarem nos centros de saúde e nos hospitais, como é que eles podem ainda acompanhar as grávidas nas ambulâncias?", questiona Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros de Portugal .
Mas também os médicos levantam reticências. Mário Jorge, da Federação Nacional dos Médicos, tem dúvidas sobre os argumentos apresentados e alerta para eventuais efeitos perversos: "O problema é que vão abrir uma série de clínicas privadas nos locais onde as maternidades fecham, sem requisitos de qualidade exigidos ao sector público", avisa. Pior: teme que não haja qualquer decisão oficial para disciplinar as questões da segurança no sector privado. O argumento de que a existência de 1500 partos por ano não permite aos profissionais a prática suficiente não convence: "Um hospital central em Lisboa faz 2000 a 2500 partos por ano, mas tem 50 obstetras. Outro, da periferia, faz só mil, mas tem sete ou oito: quais é que têm mais treino?"
DN
3 Comments:
A historia das maternidades esta mal contada, como tudo que vem deste governo. No intuito de poupar para poderem ter com que encher o bandulho. Passaram ao ridículo. Tudo vale, até brincar com a vida e saúde das pessoas.
A asneira que esta a ser cometida agora, só vai produzir efeitos dentro de alguns anos. Quando as taxa de nados mortos subir o ministro da saúde será outro e ninguém se lembra da burrice que foi cometida em 2006. Alguns iluminados lembrarão que foi alguém diferente deste.
Foi uma árdua luta de anos para conseguir reduzir a taxa de mortalidade infantil em Portugal. É das poucas coisas em que estamos ao nível do mundo civilizado. Mas este governo ficará na história de nos fazer regressar aos anos 60. Na emigração já consegui, mas com alguma vontade também vencerá na taxa de mortalidade infantil. Só nunca conseguira aproximar-se do crescimento económico. Mesmo reduzindo o poder de compra a valores de então.
Lembro-me muito bem de, em 1975, o jornaleiro Luis Filpe Costa numa emissão da TV esclarecer-me a mim e ao povo português que tínhamos 50% de mortalidade infantil!!!
E se ainda hoje o que qualquer palerma diz na televisão ganha foros de verdade, imagine-se em 1975!!!
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