Irão, EUA e Europa.
"Os Estados Unidos podem avançar com um ultimato ao Irão no Conselho de Segurança da ONU se Teerão estiver perto do fabrico da bomba atómica, disse à Lusa o embaixador norte- americano em Lisboa."
RTP
A questão é saber se os EUA, depois do que se passou no Iraque, ainda têm credibilidade internacional para fazer ultimatos. O assunto é melindroso. Na posse de armas nucleares, esta "teocracia medieval" fica com liberdade para forçar as mudanças que deseje na região. Israel, que fica mais vulnerável, não vai aceitar e pode recorrer aos habituais ataques cirúrgicos de prevenção. E a recente atmosfera conciliatória entre os EUA e a Europa parece ajudar.
Ao contrário do corre na opinião pública, "a rivalidade entre os EUA e a Europa não se deve a um mal entendido ou a diferentes abordagens (a preferência da Europa por um “poder mais moderado” – a diplomacia – contra a propensão dos norte-americanos para a força). Efectivamente ela radica-se num conflito de interesses entre potências imperialistas que não pode ser solucionado através de palavras amigáveis e gestos diplomáticos.
Na realidade, a recente recente atmosfera dita conciliatória reflecte o facto de ambas as partes, a Europa e os Estados Unidos, terem sofrido reveses, sobretudo os EUA. Por outras palavras, aquilo a que estamos a testemunhar hoje entre os EUA e a Europa é um cessar-fogo temporário de preparação para outro ciclo de disputas.
As dificuldades não resolvidas dos EUA no Iraque e o fardo económico e militar da sua ocupação são uma importante razão por que os EUA estão temporariamente à procura de relações com a Europa menos abertamente conflituosas e à espera de pelo menos alguma ajuda dela em troca. Do lado europeu, o facto de alguns líderes europeus estarem a usar as eleições no Iraque como uma desculpa para aumentar o apoio ao regime fantoche instalado pelos EUA no Iraque e a agir também em relação ao Irão de uma forma calculada para evitarem aborrecer, tanto quanto possível, os EUA, indica que pelo menos neste momento a Europa não é capaz ou pelo menos ainda não está preparada para desafiar aberta e directamente os EUA. "
2 Comments:
A abordagem dos EUA tem mudado. Condi tem a sua influência. Para provar o perigo do fascismo islâmico, os EUA deixaram a europa lidar com os ayatollahs do irão e com os palestinianos.
O resultado está à vista...
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