terça-feira, abril 11, 2006

O súbito interesse estrangeiro por possível petróleo no mar português.

"Em pouco mais de três meses, os investidores estrangeiros passaram a ter um apetite por investimentos na prospecção e pesquisa de petróleo e gás natural em Portugal.

Primeiro foi a Repsol, que ganhou uma concessão na bacia do Algarve e agora os noruegueses que querem estudar as águas profundas do litoral alentejano. Ao longo dos anos, esta miragem pelo “ouro negro” em território português foi motivo de chacota por várias vezes. Parece que está na altura de começar a ser levada a sério. Portugal é um dos países da Europa que mais dependência energética tem. Para este ano está previsto que as importações de energia atinjam os 3,7 mil milhões de euros, na sua maioria ‘crude’ e gás natural. Por enquanto, não há volta a dar em relação ao “ouro negro”, por muito que se invista em energia eólica, já que o nuclear está afastado por José Sócrates. Actualmente, existe um desconhecimento científico absoluto sobre as potencialidades do mar português em matéria de petróleo. O mesmo acontecia na Noruega exactamente há 37 anos, quando foi descoberta a primeira jazida no Mar do Norte. Em 1965, o geólogo-chefe da BP, confrontado com a possibilidade de extrair petróleo do Mar do Norte, respondeu que se o encontrassem o beberia até à última gota. Não se sabe o desfecho da história, mas a Noruega é actualmente um dos maiores produtores de petróleo do mundo e se alguém da BP não despediu o geólogo-chefe na altura, levou-o, pelo menos, ao hospital.


A (FALTA DE ) SUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL

Nos últimos anos, o sistema de Segurança Social conseguiu aumentar os seus níveis de eficácia na recuperação de dívidas, com o cruzamento de dados com a máguina fiscal a contribuir em muito para estes resultados. Este combate aos prevaricadores, que ajuda a moralizar o sistema, é obviamente salutar, mas não resolve, nem de longe nem de perto, o problema estrutural da Segurança Social: a falta de sustentabilidade financeira. Seria como tentar curar uma pneumonia com uma aspirina. O desequilíbrio estrutural da Segurança Social resulta de um conjunto de factores, destacando-se, desde logo, o demográfico e a generosidade do sistema. Com o envelhecimento da população, são cada vez mais as pessoas que dependem das contribuições dos que estão actualmente no activo. Situação que atingirá um ponto insustentável. Por outro lado, o sistema de previdência português é bastante generoso, com as prestações sociais a atingirem níveis altos, não em valores absolutos, mas tendo em conta o nível de riqueza do país e os salários pagos. Desta forma, as últimas projecções do Governo apontam para que o sistema entre em desequilíbrio em 2015. O Executivo vai ter que apresentar soluções, seja a antecipação da data de entrada em vigor da nova fórmula de cálculo das reformas, seja uma medida mais radical como a subida da idade da reforma.

Mónica Bello com Bruno Proença e Mónica Silvares
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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Toda a gente gaba este governo de ser corajoso, mas a coragem dele só atinge as classes mais pobres. Porquê é que eles em relação a estas reformas milionárias, que são um atentado à maioria do povo português, não as reduzem para um valor mais justo e enquadrado ao estado em que Portugal se encontra. Mas eles protegem-se uns aos outros e o povo que se dane.

terça-feira, abril 11, 2006  

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