Ouro e prata valem mais do que dinheiro debaixo do colchão.

"Numa altura em que os depósitos a prazo ainda não apresentam retornos acima da inflação e em que o petrólo ameaça o crescimento da economia mundial, há algo em que os investidores mais conservadores podem apostar. Para quem tem medo da volatilidade e risco da bolsa, os metais preciosos estão cada vez mais apetecíveis, por vários factores. A subida do preço do petróleo para os 74 dólares por barril com a possibilidade cada vez mais plausível de uma guerra do Irão tem como principais consequências imediatas a subida das tarifas dos combustíveis, energia e tranportes. Mas não só. A pressão que exerce sobre os preços acaba por deteriorar investimentos em obrigações e até mesmo das acções da maioria das empresas, que vêem os seus custos energéticos aumentar.

Por outro lado, o enfraquecimento do dólar, a moeda em que ouro, prata, platina e cobre negoceiam, torna a compra destes activos mais baratos para age fora dos EUA. Neste cenário, as alterações que se afiguram para buscar maiores retornos são cada vez menores. E quando as opções são escassas os investidores voltam-se normalmente para o mesmo lado. É por isso que a subida dos metais para valores astronómicos atraem cada vez mais fluxos de dinheiro. E melhor do que ter dinheiro debaixo do colchão, há outra alternativa popular que voltou a estar na moda: capitalizar nas “pratas” lá de casa. "

Ricardo Domingos com Bruno Proença