quarta-feira, maio 17, 2006

Maternidade de Elvas.

"O presidente da fundação gestora da maternidade de Elvas, cuja sala de partos vai ser encerrada por decisão ministerial reafirmada terça-feira, admitiu accionar judicialmente o Estado por incumprimento do contrato inicial que obriga a manter a unidade. Alegando "não compreender os argumentos" do ministro, Mello e Sousa disse que "a Fundação Mariana Martins cedeu terrenos ao Estado para a construção do Hospital de Elvas que, mediante o mesmo, ficava obrigado a manter a maternidade em funcionamento". "Se a maternidade for encerrada há um incumprimento do contrato", reafirmou Mello e Sousa, argumentando que "fechar a sala de partos é a mesma coisa que fechar a maternidade".

Pior que fechar a maternidade é obrigar os cidadãos nacionais a irem nascer a um país vizinho. Trata-se de uma forma encapota de financiar o sistema de saúde espanhol. Uma decisão que vai ficar na história.

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

De facto nascer em Espanha deve ser grave para o neófito. Corre o risco de amanhã poder requerer a cidadania espanhola, se além de lá ter sido parido também lá fôr registrado. Qualquer coisa tão grave como o que aconteceu no passado e acontece no presente aos filhos dos emigrantes portugueses que nasceram e continuam a nascer em França, na Alemanha, na Inglaterra, no Brasil, no Canadá, nas outras Américas, em África, na Ásia ou na Oceania. Qualquer coisa de muito grave, parece-me...

quarta-feira, maio 17, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Não é por acaso que são os três paises onde mais se assistiu à "emancipação feminina" que tal aconteceu.Como dizia Albino Aroso é preciso "ser heroína" para engravidar em Portugal.Como as mulheres vão, ao que parece ,ter quotas politicas ,talvez sejam capazes de assumir a emancipação real.Embora ,em todo o lado, as politicas, sejam nas respectivas sociedades, quem menos engravida.De acordo com o autor:acções concretas...

quinta-feira, maio 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

A questão da natalidade bate no tipo de sociedade que temos vindo a construir. As mulheres saíram de casa e nada as substituíu. Os divórcios e separações aumentam a taxas assustadoras. As pessoas demoram horas nas suas deslocações de e para o trabalho. As pessoas levam toda a década dos 20 aos 30 anos a fazer os seus cursos e a encontrar o 1º emprego. Depois é o individualismo, o direito ao prazer e ao superficialismo que alimenta o ego da grande maioria dos jovens adultos urbanos que se esquecem que aquilo a que chamam país, quando dá jeito, é composto pelas pessoas que vivem em partilha, pelos nossos vizinhos, pelas pessoas com quem nos relacionamos. É todo um quadro mental que está errado e que tem vindo a ser potenciado e desenvolvido pela sociedade de consumo que está instituída de pedra e cal. Nas condições económicas em que Portugal vive, será muito difícil inverter esta situação.

quinta-feira, maio 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Estou plenamente de acordo com a politica do governo,sobre este tema senão porque não uma maternidade em Rio e Onor, ou em Mira ou ainda em Armação de Pera, isto para dar exemplos de Norte a Sul de Portugal, depois dizem que o estado gasta muito dinheiro. MAis vale ter menos maternidades mas que tenham e ofereção melhores condições do que haver varias que dependem do profissionalismo de quem lá trabalha para combater as mas condições porém se houver algo que corra mal, là irão as familias por o estado em tribunal e os respectivos médicos que apesar das mas condições de trabalho tudo fizeram para o parto ou partos correrem BEM.

quinta-feira, maio 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com todas as razões apontadas pelo o autor mas falta uma que me parece decisiva: a precaridade do emprego. Isso causa uma ansiedade, num casal que seja responsável, que o leva a ponderar, lucidamente, se deve ou não ter filhos. Quando estabiliza, se estabiliza, às vezes já é tarde. Podem argumentar que com a globalização o emprego para a vida acabou. Que seja! Mas não me apresentem isso como um progresso social, a precaridade do emprego e o consequente desemprego é um retrocesso social com aonsequências terríveis em todos os aspectos da vida.

quinta-feira, maio 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

O que é que este País tem para oferecer aos jovens ? Trabalho precário. E com contratos a termo quem reúne condições para arrendar ou comprar casa ? E para ter relações duradouras ? E para sentir aquela segurança mínima para constituir família e ter 1, 2 ou 3 filhos ? Com ordenados de 1000 euros como é que se paga o infantário do 1º rebento ? Já passei o meio século de vida e compreendo os jovens que decidem adiar o nascimento do 1º filho porque o Governo só cria condições, tal como as empresas para uma vida cada vez mais precária para esta geração de MilEuristas. E não será com futeboladas e Rock in Rio que sairemos desta embrulhada nacional.

quinta-feira, maio 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Concordo quando se diz que as mulheres deste Pais tem que ser heroínas para dar a luz, o tratamento que recebem quando entram em hospitais centrais, como o de Viseu, onde tudo funciona até chegar ás enfermarias com as ditas enfermeiras especializadas, autenticos monstros dentro de um gabinete, onde as maes acabadas de passar por cesarianas, ainda a dormir tem que fazer qualquer coisa para calar os seus bebes, porque elas não trabalham, ficam a conversar no gabinete delas durante uma noite, com uma chefe que devia ser responsabilizada, incompetente, mesquinha e que faz com que ali nada funcione, as mulheres naquelas enfermarias são marterizadas, sem vontade de lá voltarem, a inspeção de saúde devia actuar

quinta-feira, maio 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Parece-me que nos estamos a esquecer do fundamental! Qual é o estímulo para iniciar uma vida independente, dificil, com sacrificios pessoais que é a vida de quem quer começar uma familia, para um jovem que vive em casa dos pais onde tem cama roupa e mesa e o dinheiro que ganha é só para gastos pessoais? penso que as sociedades mediterranicas europeias, têm de perder o que lhes sobra de cultura familiar árabe e fazer como os nórdicos e anglo-saxonicos que iniciam os jovens na vida individual mais cedo. Se não o fizermos, nós habitantes do sul da europa seremos substituidos por emigrantes vindos de fora da europa!

quinta-feira, maio 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

1.TODOS sabem qual é a provável evolução da economia e da sociedade nas próximas décadas.O que vamos colher não é o fruto do "azar",ou de um "castigo" qualquer.Não, é o RESULTADO dum certo "caldo de cultura" que se instalou progressivamente.E do adiamento das REFORMAS URGENTES. 2.Numa sociedade em que a DROGA tem tantos defensores e consumidores,em que diáriamente se promove o ABORTO,em que todos os dias os TELEJORNAIS nos mostram um Portugal a "fechar",com sucessivas levas de "desempregados-relâmpago"(isto é,as Pessoas são notificadas subitamente da perda do seu posto de trabalho,por vezes ao fim de 20 e mais anos de trabalho) e de jovens "precários", É PRECISO HEROICIDADE PARA ENGRAVIDAR ! 3.Só o TRABALHO COM DIREITOS E DIGNIDADE ,a MUDANçA DE VALORES e UM CLIMA DE CONFIANçA( mas uma confiança baseada em FACTOS ) criarão condições para uma MAIOR NATALIDADE. 4.O povoamento com algumas Famílias Brasileiras ou de outras Origens NÃO É a solução do nosso REAL problema de DESPOVOAMENTO.Mesmo o recurso à MOBILIDADE interna e da UE-25 não é suficiente.O erro está no modelo de desenvolvimento seguido nas ÚLTIMAS DÉCADAS em que todos os esforços/investimentos se concentraram no LITORAL,abandonando o INTERIOR e SEM PARTICIPAçÃO DAS POPULAçÕES.Os nossos Historiadores chamarão a isto um "desenvolvimento MAL formado".Alías,já temos na Europa um exemplo de "desenvolvimento" semelhante bem à vista de qualquer observador.

quinta-feira, maio 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Os portugueses sempre emigraram para o Brasil, porque em Portugal sempre houve uma certa elite que pensa como a autarca de Vila de Rei e que prefere dar aos estrangeiros o que não dá aos seus concidadãos. Mais ininteligível ainda, é haver imensos brasileiros em Portugal desempregados e haver necessidade de ir ao Brasil convidar outros a imigrar. Como português nada tenho contra a imigração.

quinta-feira, maio 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

O sr ministro da Segurança Social disse que as familias portuguesas tivessem três filhos o problema da segurança social estaria resolvido. Eu acho que seria um problema muito grave se cada familia tivesse três filhos, como educa-los? Como alimentá-los? -Qual o motivo porque a maior parte das grandes figuras politicas só tiveram um ou dois filhos?

quinta-feira, maio 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

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terça-feira, abril 24, 2007  

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