domingo, junho 18, 2006

Governo visto pela esquerda.

Um dos aspectos mais negativos da política deste governo tem sido o ataque aos direitos sociais dos trabalhadores e da população, aos serviços públicos essenciais, ao modelo de Estado e à Administração Pública que os suporta. As políticas de redução e desintervenção do Estado visando o “Estado mínimo” com a adopção do princípio do utilizador/pagador, abriu os serviços de regime público à iniciativa privada com todas as consequências resultantes da relação qualidade/custo. Este lento processo de entrega aos grupos de interesses económicos são facilmente comprovados pelas dificuldades de acesso que os cidadãos sentem no acesso aos serviços públicos de saúde, na desvalorização da escola pública, na descapitalização da segurança social e na regressão das prestações sociais.

Saúde
Utilizando um populismo perfeito, o governo limita a assistência médica às populações encerrando maternidades, SAPs e CATUS dos centros de Saúde por todo o país invocando o interesse dos utentes, evidenciando sinais de promiscuidade entre o público e o privado. E os portugueses pagam 30% dos custos globais com a saúde.

Educação
Por mais que a ministra tente encobrir, a tentativa de substituir o ensino público pelo ensino em escolas privadas financiadas pelo próprio Estado e a subalternização dos critérios pedagógicos da educação reflectem a orientação por critérios economicistas e elitistas.

Interior
A decisão de encerrar escolas, urgências de centros de saúde, maternidades, postos dos CTT, centros de atendimento da EDP, ramais de caminho de caminho de ferro, entre outras medidas, concentradas sobretudos no interior do país é um importante contributo para acelerar o processo de desertificação humana que é já hoje muito acentuado. O que há em Portugal é excesso de concentração de riqueza. Portugal não precisa de cortes nas funções sociais do Estado mas um reforço das políticas sociais com maior eficácia da despesa pública.

Água
A nova lei da água consubstancia a submissão dos interesses nacionais ao lucro das empresas que vão deter as concessões sobre a sua gestão, lesando a qualidade na prestação de um recurso que é essencial.

Transportes
A política de privatização tem beneficiado os grupos económicos privados ligados ao capital estrangeiro que suprimem e encerram serviços. Como resultado, assiste-se ao aumento da importância do transporte individual sobre o público. Com os acessos rodoviários num verdadeiro caos,

Esta passagem para os utentes dos custos dos serviços públicos coloca Portugal como o país, a nível da União, em que os cidadãos pagam mais pela utilização desses serviços.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E assim Sócrates e sus muchachos vão acabando com Abril.
Aquela dos socialistas gritarem "Abril sempre" foi mais uma promessa não cumprida.
E a procissão ainda vai no adro.
Parabens pelos posts

segunda-feira, junho 19, 2006  
Anonymous Anónimo said...

best regards, nice info » » »

terça-feira, março 06, 2007  

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