sábado, junho 03, 2006

Poema

"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite
já não se escondem,
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.

Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada
."

Eduardo Alves da Costa

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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quarta-feira, junho 07, 2006  
Anonymous Anónimo said...

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terça-feira, julho 18, 2006  
Anonymous Anónimo said...

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segunda-feira, fevereiro 05, 2007  

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