segunda-feira, julho 17, 2006

O salário mínimo nacional é baixo.

"É mesmo o mais reduzido entre a União Europeia a quinze – dados do Eurostat em paridades do poder de compra. Nos últimos anos, Portugal é igualmente o país em que o salário mínimo sofre uma maior redução do poder de compra. Dito desta forma, estes números podem levar a leituras miserabilistas. No entanto, são o reflexo da economia nacional. Ou seja, o nível de produção não consegue suportar salários mais altos. Nos últimos anos – e actualmente, embora menos –, o país tem vivido acima das suas possibilidades, com os salários a subirem muito acima dos ganhos de produtividade. Os resultados são os conhecidos: elevados níveis de endividamento das famílias e empresas e o défice externo galopante. Portanto, como é que se resolve o problema? Não é subindo os salários dos trabalhadores. Isto deve ser o fim e não o princípio. Primeiro é necessário que as empresas consigam aumentar os níveis de produtividade dos vários factores produtivos, mas principalmente do factor trabalho, com mais formação e melhor gestão. Só depois é possível subir salários, nomeadamente o mínimo. O baixo salário mínimo é um sinal da pobreza nacional relativamente aos padrões europeus. Mas não devem haver ilusões: só se saí desta situação com mais e melhor trabalho."

Bruno Proença com Miguel Pacheco e Pedro Marques Pereira

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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quarta-feira, julho 19, 2006  
Anonymous Anónimo said...

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segunda-feira, julho 24, 2006  

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