sábado, agosto 19, 2006

As habituais vitórias governamentais.

"A taxa de desemprego no segundo trimestre foi de 7,3%. O valor, ontem divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística, presta-se a várias leituras. Quando comparado com igual período do ano anterior, significa que o desemprego cresceu 0,1 pontos percentuais, representando agora mais seis mil indivíduos. Se apenas for tida em conta a evolução face ao primeiro trimestre do ano, verifica-se uma redução de 0,4 pontos, reduzindo agora a população desempregada em 24 mil para 405,6 mil. O aumento da população empregada é, no entanto, visível, tanto em termos homólogos (1%) como mensais (1,1%), traduzindo o maior crescimento dos últimos quatro anos. Mas 168 mil desistiram de procurar trabalho ou têm trabalho irregular.

Enquanto o Governo vê nestes números sinais de "contenção na evolução do desemprego e de dinamismo da economia", sindicatos e economistas lembram que a redução do desemprego em Junho deve-se, sobretudo, ao efeito do Verão, que dinamiza os sectores ligados ao turismo, como a hotelaria e restauração, construção e bebidas. Uma situação conjuntural que leva economistas e sindicatos a prever um novo agravamento no final do ano.

As previsões das organizações internacionais acompanham, de resto, aquela leitura. A OCDE prevê que Portugal termine o ano com uma taxa de desemprego de 7,9%, sendo que
a Comissão Europeia estima mesmo um agravamento para 8,1%."

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