quinta-feira, agosto 03, 2006

Jornalismo.

"O cidadão português Rogério Ribeiro de Oliveira não conseguiu levantar um cheque de 80 mil euros emitido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), nem mesmo quando se dirigiu à sede do banco público. A taxa de juro ao dia era de 2,84 por cento anteontem. Na nossa edição em papel desta quarta-feira noticiámos que a verba de 80 mil euros renderia 3635 euros em 48 horas. Errámos ao não anualizar a mencionada taxa. O ganho, afinal, é de 302,93 euros."

CM

"O Correio da Manhã conta hoje uma história de um cidadão que foi a um banco e não conseguiu levantar 80.000 euros em dinheiro, por falta de liquidez nas agências e porque, aparentemente, é proibido. O jornalista vestiu a indignação do cidadão e explica numa caixa que o homem perdeu 3 mil e tal euros. É que os juros são de 2,84% ao dia e por cada dia que o senhor esteve sem o dinheiro é um prejuízo e pêras. É difícil encontrar uma caixa tão pequena e com 2 asneiras tão grandes. Confundir juros ao ano pagos ao dia com juros diários, talvez se perdoe a um estagiário num jornal de província formado na escola de Verão do Bloco de Esquerda. O resto mostra uma grande incapacidade de raciocínio. Se o homem não conseguiu levantar o dinheiro e este ficou mais um dia na conta, o senhor da história não perdeu os juros, recebeu-os. E a 2,84% ao dia, nem a Dona Branca."

Blasfémias.

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