Como proteger a Europa da globalização
"O comissário Europeu do Comércio, Peter Mandelson, explica, em entrevista ao Diário Económico, que os governos do Velho Continente devem promover políticas sociais para anestesiar os efeitos da globalização. A lógica e as preocupações de Mandelson são óbvias, embora míopes. Com a entrada em força das economias asiáticas emergentes no comércio internacional, algumas indústrias europeias entraram em crise, particularmente as que tinham o seu modelo de negócio baseado nos baixos custos salariais. Isto provocou deslocalizações e falências na Europa com as óbvias vagas de contestação dos trabalhadores, que exigiam uma nova onda de proteccionismo no comércio internacional. Mandelson tenta arranjar uma forma de apaziguar os sectores sociais mais afectados: o Estado que tome conta deles. Ou seja, o comissário europeu quer mais Estado nesta história, não a controlar os fluxos do comércio internacional mas sim a tentar calar os prejudicados dando-lhes mais subsídios. É neste ponto que a proposta de Mandelson falha. Os movimentos da globalização não são passageiros. Portanto, proteger os cidadãos serve apenas para aumentar o peso da despesa pública na economia. Em vez disto, a Comissão e os Estados-membro devem ter a preocupação de reconverter esses sectores da economia, tornando-os mais competitivos de modo a vencerem a concorrência global."
Ricardo Domingos, Bruno Proença e David Dinis
Ricardo Domingos, Bruno Proença e David Dinis
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