A não crise por decreto ou por declaração
Por mim vou fazendo pela vida, preparando a chegada do Inverno. O Avô Toupeira continua, mais velho e sempre mais avisado, obriga-me a pensar e a observar com os meios que estão à nossa disposição e que o nosso Deus nos deu.
Dizia um humano do sítio, que um tal de Pinho com cargo de ministro da economia se me não engano, declarara que a crise acabara e que agora era só crescer, portanto nem falar em recessão, coisa que me fez pensar o quão mentirosos estes humanos são, porque sempre disseram que não havia recessão ou crescimento zero, e portanto se não existia, como se poderá falar em crescimento de uma coisa sem existência?
Bem sei que o personagem está instruído pelo chefe para mentir sempre e decerto queria dizer que os do costume iriam crescer nas suas fortunas, sempre á custa dos mesmos e utilizando a estrutura que há muito assaltaram e a que chamam de estado de direito, coisa que nunca entendi o que significava, supostamente por ser novo e por nunca ter conhecido coisa diferente.
Outro facto me intriga nestes personagens, é o facto de estarem sempre a sorrir, mesmo quando as notícias não soam bem, o meu Avô dizia que se chamava de técnica de imagem e que servia para continuar a enganar os idiotas que sempre foram, os outros que para lá caminham e irritar os que o não são, mas que pouco podem fazer. Estranho mundo este, o dos humanos, onde se vive de aparências e de palavras sem significado ou com sentido de engano.
Mentir sempre, de manhã, à tarde, à noite, sempre, porque assim mandam as regras do regime a que chamam de democracia, porque o poder se ganha e se mantém, mentindo sempre, provocando confusão nas mentes e usando a máxima que uma mentira repetida vezes sem conta se torna verdade, e que usando sempre, a regra do sempre, as verdades e as mentiras são uma única e a mesma coisa, e logo, os donos destas, serão sempre os donos do verdadeiro poder.
Para não confundir e tentar ajudar, lembro algumas palavras de um homem que viveu em tempos difíceis:
(...) Cada coisa é avaliada por uma qualidade específica. O valor da videira está na sua produtividade, o do vinho no seu sabor, o do veado na sua rapidez; o que nos interessa nas bestas de carga é a sua força, pois elas apenas servem para isso mesmo: transportar carga. Num cão a primeira qualidade é o faro, se o destinamos a seguir a pista da caça, a velocidade, se queremos que ele persiga as feras, a coragem, se pretendemos que as ataque à dentada. Em cada ser, portanto, há uma qualidade que predomina, para cujo exercício nasce, e em virtude da qual é avaliado. Ora qual é a qualidade suprema do homem? A razão: graças a ela o homem supera os outros animais e aproxima-se dos deuses. Por conseguinte, o bem específico do homem é a razão perfeita, todas as suas restantes qualidades são-lhe comuns com os animais e as plantas. O homem tem força: também os leões. É belo: também os pavões. É veloz: também os cavalos. Não digo que em relação a todas estas qualidades ele seja superado, nem me interessa qual a qualidade que o homem tem mais desenvolvida, mas sim qual é a sua qualidade única, específica. O homem tem corpo: também as árvores. Tem capacidade de se mover instintiva e voluntariamente: os animais e os vermes também. Tem voz: mas muito mais sonora é a voz do cão, mais estridente a da águia, mais grave a do touro, mais doce e ágil a do rouxinol. Qual é a qualidade exclusiva do homem? A razão: quando a razão é plena e consumada proporciona ao homem a plenitude. Por conseguinte, uma vez que cada coisa quando leva à perfeição a sua qualidade específica se torna admirável e atinge a sua finalidade natural, e uma vez que a qualidade específica do homem é a razão, o homem torna-se admirável e atinge a sua finalidade natural quando leva a razão à perfeição máxima. À razão perfeita chamamos a virtude, a qual é também o bem moral. Séneca in 'Cartas a Lucílio'
Dizia um humano do sítio, que um tal de Pinho com cargo de ministro da economia se me não engano, declarara que a crise acabara e que agora era só crescer, portanto nem falar em recessão, coisa que me fez pensar o quão mentirosos estes humanos são, porque sempre disseram que não havia recessão ou crescimento zero, e portanto se não existia, como se poderá falar em crescimento de uma coisa sem existência?
Bem sei que o personagem está instruído pelo chefe para mentir sempre e decerto queria dizer que os do costume iriam crescer nas suas fortunas, sempre á custa dos mesmos e utilizando a estrutura que há muito assaltaram e a que chamam de estado de direito, coisa que nunca entendi o que significava, supostamente por ser novo e por nunca ter conhecido coisa diferente.
Outro facto me intriga nestes personagens, é o facto de estarem sempre a sorrir, mesmo quando as notícias não soam bem, o meu Avô dizia que se chamava de técnica de imagem e que servia para continuar a enganar os idiotas que sempre foram, os outros que para lá caminham e irritar os que o não são, mas que pouco podem fazer. Estranho mundo este, o dos humanos, onde se vive de aparências e de palavras sem significado ou com sentido de engano.
Mentir sempre, de manhã, à tarde, à noite, sempre, porque assim mandam as regras do regime a que chamam de democracia, porque o poder se ganha e se mantém, mentindo sempre, provocando confusão nas mentes e usando a máxima que uma mentira repetida vezes sem conta se torna verdade, e que usando sempre, a regra do sempre, as verdades e as mentiras são uma única e a mesma coisa, e logo, os donos destas, serão sempre os donos do verdadeiro poder.
Para não confundir e tentar ajudar, lembro algumas palavras de um homem que viveu em tempos difíceis:
(...) Cada coisa é avaliada por uma qualidade específica. O valor da videira está na sua produtividade, o do vinho no seu sabor, o do veado na sua rapidez; o que nos interessa nas bestas de carga é a sua força, pois elas apenas servem para isso mesmo: transportar carga. Num cão a primeira qualidade é o faro, se o destinamos a seguir a pista da caça, a velocidade, se queremos que ele persiga as feras, a coragem, se pretendemos que as ataque à dentada. Em cada ser, portanto, há uma qualidade que predomina, para cujo exercício nasce, e em virtude da qual é avaliado. Ora qual é a qualidade suprema do homem? A razão: graças a ela o homem supera os outros animais e aproxima-se dos deuses. Por conseguinte, o bem específico do homem é a razão perfeita, todas as suas restantes qualidades são-lhe comuns com os animais e as plantas. O homem tem força: também os leões. É belo: também os pavões. É veloz: também os cavalos. Não digo que em relação a todas estas qualidades ele seja superado, nem me interessa qual a qualidade que o homem tem mais desenvolvida, mas sim qual é a sua qualidade única, específica. O homem tem corpo: também as árvores. Tem capacidade de se mover instintiva e voluntariamente: os animais e os vermes também. Tem voz: mas muito mais sonora é a voz do cão, mais estridente a da águia, mais grave a do touro, mais doce e ágil a do rouxinol. Qual é a qualidade exclusiva do homem? A razão: quando a razão é plena e consumada proporciona ao homem a plenitude. Por conseguinte, uma vez que cada coisa quando leva à perfeição a sua qualidade específica se torna admirável e atinge a sua finalidade natural, e uma vez que a qualidade específica do homem é a razão, o homem torna-se admirável e atinge a sua finalidade natural quando leva a razão à perfeição máxima. À razão perfeita chamamos a virtude, a qual é também o bem moral. Séneca in 'Cartas a Lucílio'
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