sexta-feira, outubro 27, 2006

Quando o Banco de Portugal não está “pelos ajustes”

"Esta semana, o Banco de Portugal considerou excessivos os arredondamentes que as instituições de crédito fazem aos clientes perante um empréstimo para compra de casa, carro ou de consumo em geral. E decidiu intervir no sentido de acabar com com os “ajustes”. Em traços gerais, os bancos consideram que a taxa resultante de um contrato com o cliente pode ser “embelezada” com um arredondamento que pode chegar aos 0,25 pontos percentuais. Para que fique mais simples e para que fique mais claro, explicam os bancos. O objectivo do Banco de Portugal é, claramente, o de acabar com os “abusos”, o que pode ter fundamento. Num empréstimo para compra de casa, em que o assunto toca os montantes quase sempre acima dos cem mil euros, pode fazer muita diferença se uma taxa de 4,1249%, por exemplo, é arredondada para 4,25%. E se não fosse arrendondada? Não sobrecarregaria certamente o processamento dos computadores que fazem as contas. Mas se a acção do banco central for bem sucedida, será que tudo melhora? A atribuição do ‘spread’ varia de cliente para cliente. E, como tal, os bancos poderão sempre compensar com facilidade a falta do agora polémico arredondamento"

Ricardo Salvo com Nuno Miguel Silva e David Dinis

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