PND.

"Manuel Monteiro, líder do Partido da Nova Democracia (PND), considera "desnecessária qualquer discussão" sobre uma eventual dissolução do partido. Opondo-se a esta proposta, que poderá vir a ser discutida no III Congresso do PND, a ter lugar no próximo fim-de-semana, em Lisboa, Monteiro diz-se "profundamente contra qualquer tentativa de inviabilização do partido". Em declarações ao DN, Manuel Monteiro preconizou um "longo futuro" para o seu partido, defendendo que este é o único projecto político capaz de "erguer uma direita autêntica e sem complexos" em Portugal. "Hoje em dia, não existem verdadeiros partidos de direita no nosso País. Muitos deles apenas se classificam como tal para se distinguirem dos socialistas", conclui (mais aqui)."

Ao contrário de Monteiro, os portugueses ainda não aperceberam das qualidades do PND. E agora que o seu antigo partido se vai dividindo entre CDS e PP enquanto o PSD prepara a sua “Noite das Facas Longas” , Monteiro espera contabilizar algumas migalinhas. Efectivamente o CDS/PP continua confrontado com a busca de uma identidade e de uma imagem de marca que lhe permita ocupar um espaço político onde consiga sobreviver e afirmar-se.

De qualquer forma “a crise do PSD e do CDS não se vai resolver com a escolha de novos líderes. Estes, dificilmente, deixarão de ser faquires que tentarão substituir noites das facas longas por pensos rápidos para evitar que o sangue suje demasiado o chão. Só que isso não é abrir janelas para o futuro. É apenas fechar as que foram responsáveis pela ventania do passado.”