quarta-feira, novembro 01, 2006

Portugal.

"Portugal é hoje um país caro, demasiado caro para a esmagadora maioria da sua população. E se uma grande parte dos portugueses vive com os mínimos, esta é uma questão a que qualquer Governo deve estar muito atento. Diria mesmo que ela deve ser o tema central do debate político, para além desta nova ditadura dos números a que nos habituaram recentemente. Porquê? A resposta é simples e cabe, precisamente, na crueza das estatísticas mais elementares. Por exemplo, segundo os dados mais recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o salário médio em Portugal é hoje metade do salário da Grécia - 645 no nosso país e 1167 no país de Atenas - mas o custo médio de vida é inferior para os gregos. Além disso, o indicador de desigualdade social (o chamado índice de Gini que a CIA utiliza como referência nos seus relatórios) coloca Portugal em 27º, abaixo da Grécia (em 24º) e muito abaixo da Espanha (em 21º), transformando o nosso País no Estado Social mais desigualitário da Europa dos 12 (a que pertencemos, recorde-se, desde 1986; há 20 anos, portanto) (mais aqui)."

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O PS meteu-se outra vez numa alhada.Estaõ convencidos de que o eleitorado que agora votou neles é mais para a frentex.Não perceberam que o poder lhes caiu no colo porque Santana se pôs jeito e resultou a cabala entre Sampaio e a imprensa.Estar a discutir este assunto nestes termos ,só demonstra que Portugal ocupa por mérito próprio a cauda da Europa.Uma vergonha!...

quarta-feira, novembro 01, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Socrates tem de "afinar pontaria" para legalizar totalmente o aborto livre e a pedido. É política... aliás, é exactamente aquilo com que o PS se preocupa: política. E como encaramos a vida das jovens mães repartidas entre o trabalho profissional e a sua função de mães? A mulher é ainda fortemente penalizada por ser mãe e é evidente que o mundo laboral dá prioridade ao emprego de homens e penaliza as mulheres em razão da maternidade. Transformou-se o aborto na questão central da vida das mulheres portuguesas, porque se transformou o aborto numa questão política, numa linha divisória entre a direita e a esquerda, numa espécie de atestado de modernidade em que alguma direita tem medo de ser considerada conservadora e alguma esquerda, que já não pode demarcar-se pela defesa da colectivização dos meios de produção, acentua o seu revolucionarismo e o seu esquerdismo nas bandeiras que lhe sobram. E o Partido Socialista, em lugar de atacar as causas que conduzem as mulheres portuguesas ao triste caminho do aborto clandestino, escolheu o caminho fácil e imediato, sem uma palavra ou gesto para as mulheres que decidiram levar a termo uma gravidez que não desejaram. Nunca votarei favoravelmente à total legalização do aborto livre aos três meses e a pedido. Voto contra por motivos de natureza ética, de consciência e de respeito pelos valores civilizacionais que devem nortear uma sociedade livre, democrática e com respeito pela vida humana. Leve-se à prática a legislação vigente há mais de 20 anos, legislação que diz respeito à legalização do aborto, ao planeamento familiar e à educação sexual, e deixem-se de hipocrisias políticas, porque o tema é sério e as vítimas destas incúrias merecem mais respeito e um tratamento com maior dignidade.

quarta-feira, novembro 01, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Os políticos devem interiorizar que o referendo, por definição, é a consulta popular directa para uma determinada questão. Decorre dessa definição que os partidos se deviam abster de ter posições oficiais sobre a resposta a dar. A bem da liberdade de escolha dos eleitores, que deveriam estar livres de influência partidária, e da saúde da democracia ao impedir a "captura" da "vitória" no referendo pelas forças partidárias com posições oficiais coincidentes com a maioria dos eleitores. Mas a tentação é grande e, depois da sondagem de hoje, já se perfilam os candidatos a vencedores. Verdade seja dita que em coerência com posições passadas, mas não lhes ficava mal passarem as intervenções para o domínio pessoal, o mais adequado a temas de referendo.

quarta-feira, novembro 01, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Um "governo horribilis".Estes tipos ,todas as semanas compram guerras com vários sectores da sociedade.Pela simples razão de que nunca fizeram o ponto da situação e apresentaram um plano para a ultrapassar.Navegação à vista.Incompetencia dos partidos

quarta-feira, novembro 01, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Mas quem pensaria que o "estado de graça" duraria para sempre? Isso pressuporia que os portugueses fossem todos avisados e solidários com a comunidade. Quem povo tem estas qualidades? Eu não quero "estado de graça" nenhum. O governo que governe (e a oposição que faça o seu papel)para ser julgado nas eleições. Não queira ser sempre popular. Esse seria o pior caminho.

quarta-feira, novembro 01, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Os "estados de graça" tendem a ter um fim. Por outro lado este Governo já trazia em si germes de destruição. A ministra da educação de inicio foi aplaudida, mas cedo se percebeu que afinal (pela sua teimosia e autismo) não era melhor que os professores. O ministro da saúde, com a introduçao das taxas moderadoras (??) nos internamentos (para arrecadar meia duzia de euros) veio confirmar que andava a gozar com o povo. A portagem nas SCUTS foi outro erro crasso. Do ministro da economia e do seu secretario de estado nem é bom falar (como é possivel uma gaffe daquelas?). Portanto ha razoes simples, evidentes, para o começo do fim do estado de graça. E agora a atitude inteligente será Socrates deixar cair os "maus" ministros, para se salvar a ele próprio One é que eu ja vi isto?

quarta-feira, novembro 01, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Quem pensava que este ou qualquer outro Governo iria deminuir as despesas do Estado sem dor andava muito desatento. Manuela Ferreira Leite congelou os ordeados dos funcionários, creio que abaixo de mil euros, durante dois anos, e as despesas continuaram a aumentar sem controlo. Os modelos de avaliação e progressão nas carreiras dos funcionários e sobretudo o Estatuto da carreira docente são absurdos. Então como é que se esperava que os professores com um Estatuto daqueles iam reagir? Com luta, claro, até porque os sindicatos dos professores estavam habituados a mandar nos ministros ou então derrubá-los. No discurso dos professoras nunca assoma o menor resquício de autocrítica em relação à ignorância generalizada dos jovens portugueses. A culpa é sempre do sistema. Do ministério ou dos pais, dos professores é que não. Ora eu acho que quando as coisas atingem este estado, há a culpa é de todos só que os professores não assmem e vão para as negociações com o Governo numa atitude de desafio. Eles sabem que tem muita força porque com as suas greves lançam o caos no país! Até que enfim há alguém que não cede à chantagem. O Governo tem de continuar a fazer o que deve ser feito sem ligar nenhuma à popularidade. Se ceder perde a credibilidade e hipoteca o futuro do país.

quarta-feira, novembro 01, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Estranho muito os comentários que leio aqui, porque há quem diga que este governo PS é de direita, tendo a maior parte das medidas tomadas, o total apoio de Cavaco Silva. A oposição (PSD) tem tido pouco que fazer e dizer, porque concorda concorda com estas medidas, e se estivesse no Governo seria obrigada a seguir a mesma política.
Mentalizem-se, o país está de rastos, venha quem vier, não tem outro caminho senão este que tem sido seguido.
Se o problema do déficit não fôr ultrapassado, Portugal corre o sério risco de banca rota.

quarta-feira, novembro 01, 2006  
Blogger mfc said...

Mas isso "tá na cara"!!

quarta-feira, novembro 01, 2006  

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