Sorte ou azar?
O jogo tem-se revelado imune à crise. Com as bolsas de valores em queda, são o último reduto do mito da riqueza sem esforço nem suor.
O Estado supervisiona e cobra a sua comissão, o imposto especial sobre o jogo, em média 31% sobre a receita bruta dos casinos portugueses.
Mas muito convenientemente para os donos da batota legal, o fisco português não tem optimizado o potencial do sector.
Como se sabe, “a mesa de jogo só é rentável para o seu proprietário”. O core-business dos jogos, legalmente designados de “fortuna ou azar”, resume-se a registrar as perdas dos clientes – “azar” – como lucros do operador, rubrica “fortuna”.
A actividade dos concessionários limita-se, no essencial, a fornecer a “casa”, mobiliário ( mesas, cadeiras, equipamento ) e desinibidores ( álcool, música, empregadas solícitas ).
Nos casinos, o jackpot, a sorte grande e os descapotáveis topo de gama estão sempre à distância de uma mão dos jogadores.
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