A falta de originalidade e identidade da Comunicação Social, em Portugal
A imprensa nacional carece assustadoramente de jornalismo activo, de repórteres que observem a realidade in loco e a transformem em notícia. As notícias nos jornais portugueses não só são semelhantes entre si como, para cúmulo, iguais às dos principais jornais mundiais. A razão é que todos os jornais portugueses vão beber à mesma fonte: as agências de notícias.
Isto transforma a nossa imprensa numa indústria transformadora e recicladora, incapaz de se diferenciar entre si e face ao resto do Mundo. Esta conduta dos media portugueses, para além de condenar a sua própria existência (quem é que vai comprar um jornal, se pode ir logo ao site da France Press?), ridiculariza o próprio leitor/espectador, que dá por si, por vezes, a ler artigos que em nada condizem com a informação a prestar por um órgão de comunicação nacional, como por exemplo a polémica entre Donald Trump e a Miss USA ou a morte de um caçador de crocodilos famoso no Mundo anglófono mas praticamente anónimo em Portugal.
Esta dependência das agências não só condena os media portugueses à agenda de outros países - ridículo - como leva ao cúmulo de se focar em certos temas, sem dar atenção a outros. Questiono, por exemplo, porque é que nunca lemos nada sobre as milícias na Colômbia ou a ditadura na Birmânia. Porquê sempre os mesmos temas, Índia, China, Irão, Iraque e Angola? Porque não mais independência?
Porque é que eu, Luís Guimarães, tenho de ler a mesma capa que o Luigi Guimarani em Roma ou o Louis Guimaraes em Washington?
in Abrupto
Isto transforma a nossa imprensa numa indústria transformadora e recicladora, incapaz de se diferenciar entre si e face ao resto do Mundo. Esta conduta dos media portugueses, para além de condenar a sua própria existência (quem é que vai comprar um jornal, se pode ir logo ao site da France Press?), ridiculariza o próprio leitor/espectador, que dá por si, por vezes, a ler artigos que em nada condizem com a informação a prestar por um órgão de comunicação nacional, como por exemplo a polémica entre Donald Trump e a Miss USA ou a morte de um caçador de crocodilos famoso no Mundo anglófono mas praticamente anónimo em Portugal.
Esta dependência das agências não só condena os media portugueses à agenda de outros países - ridículo - como leva ao cúmulo de se focar em certos temas, sem dar atenção a outros. Questiono, por exemplo, porque é que nunca lemos nada sobre as milícias na Colômbia ou a ditadura na Birmânia. Porquê sempre os mesmos temas, Índia, China, Irão, Iraque e Angola? Porque não mais independência?
Porque é que eu, Luís Guimarães, tenho de ler a mesma capa que o Luigi Guimarani em Roma ou o Louis Guimaraes em Washington?
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