A habitual demagogia do Bloco de Esquerda.
"O teor do Projecto de Lei que o BE vai apresentar, hoje, no Parlamento, preconizando a introdução de um ensino multilingue nos estabelecimentos públicos de educação, poderia beneficiar o moldavo Andrei e a cabo-verdiana Suzilene, que frequentam a Escola Dr. Azevedo Neves (Damaia-Reboleira), ontem visitada por Francisco Louçã.
A proposta bloquista prevê a possibilidade das escolas constituírem turmas bilingues logo no 1º ciclo, mas incluindo, "pelo menos", 30% de alunos de língua materna portuguesa, para evitar a guetização das comunidades imigrantes e prevenir a xenofobia. No 2º ciclo, se o diploma vier a ser aprovado, "poderão ser ministradas uma ou mais disciplinas do currículo normal na língua materna dos alunos filhos de imigrantes".
No projecto do BE, como sublinha Louçã, após visitar aquela escola - onde 74% dos miúdos são filhos de cabo-verdianos, guineenses, angolanos e são-tomenses, a que se juntam mais 10% de brasileiros, ucranianos, romenos e moldavos, num convívio aparentemente exemplar, mesmo se dez estudantes têm pulseiras electrónicas (só eles e o director de turma sabem que estão ali em liberdade condicional) -, nunca estará em causa a docência das disciplinas em português (língua "base da aprendizagem, em que vão fazer testes e exames") nem a aprendizagem do inglês ("a língua internacional, de comunicação, da Internet")
Mas, a exemplo do que sucede em França com os luso-descendentes (e, por isso, "elogiamos o Estado Francês"), a medida pode servir para melhor integrar as crianças, sejam guineenses que não falam português ou cabo-verdianas que o misturam com o crioulo (mais aqui)."
1/ O ideal seria ensinar crioulo aos portugueses em vez de português. Afinal Portugal está a ficar africanizado e sem referências culturais. Basta ver os “nossos bolicaos” cuja única raiz que os liga ao país é o rendimento mínimo assegurado. Mas a ideia não é nova. Já Salazar se servia da ignorância do povo para o dominar. E a esquerda já se apercebeu disso. Através da pretensa igualdade, a esquerda vai boicotando o sistema educativo para que ninguém aprenda nada garantido assim a tão pretendida igualdade entre pares. Mas igualdade em ignorância…
2/ Claro que a promoção da diferença de culturas impede a guetização das comunidades imigrantes e previne a xenofobia. Desde que, ao menos, nos ensinem crioulo para podermos compreender o que “eles” dizem…
3/ Curiosa é a referência à França como modelo de integração. De tanta emoção até nos esquecemos os carros incendiados pelos filhos de imigrantes socialmente “bem integrados”.
4/ Curiosa é também a referência aos “alunos modelo” com pulseiras electrónicas. Quem sabe se eles conseguem transmitir os seus conhecimentos aos outros alunos…
1 Comments:
escrevi sobre isto, noutro local o seguinte:
Os Imigrantes ao escolherem para si e para seus filhos um novo país, têm de primeira e obrigatóriamente tentar aprender o melhor possível a lingua desse país. Se não houver boa comunicação, não há boa integração. Assim foi e é por esse mundo fora, e os nossos emigrantes assim o podem confirmar.
No entanto, pode haver dois tipos de intervenção do Estado: um do Estado do país de origem, e outra do Estado do país de acolhimento.
A primeira, é o que acontecia há umas dezenas de anos, onde o estado português contratava professores que ensinavam aos filhos de emigrantes a nossa lingua, mas sem qualquer carácter de obrigatóriedade.
A outra intervenção, pode ser do Estado do país de acolhimento, neste caso do Estado Português, promovendo o ensino da lingua portuguesa, a imigrantes e seus filhos, recentemente chegados, por período limitado. A restante apredizagem, se necessária, terá de ser feita por conta de cada um. Emigrar é isso mesmo, e a necessidade de aprender a lingua do país de destino "comes with the territory"...
Desconheço se existe algum Estado por esse mundo fora, que esteja preocupado com a aprendizagem pelos filhos dos seus imigrantes, da lingua do seu país de origem. Se há, acho um autêntico disparate...
E, já agora...o que é que nos interessa, se os filhos dos moldavos, se vierem ou não a esquecer do moldavo???...eu por mim, não só não quero saber, como não quero os meus impostos gastos nessa matéria!!
Enviar um comentário
<< Home