Adeus Jacques Chirac.
"Jacques Chirac, de 74 anos, sai de cena amanhã, passando a presidência para o seu sucessor, Nicolas Sarkozy. Hoje, despede-se dos franceses, numa mensagem televisiva. O presidente cessante esteve 40 anos na vida política, 12 deles como Presidente da República de França, 18 à frente da Câmara de Paris e ainda quatro como primeiro-ministro. Mas, se currículo não lhe falta, os biógrafos terão dificuldade em encontrar uma grande realização sua que fique para a História. Pessoa controversa, que os seus amigos dizem ser encantador e os inimigos garantem não ter convicções, Jacques Chirac marcou uma época. Apesar de tudo, o veredicto histórico pode ser sombrio, pois o Presidente da França entre 1995 e 2007 acabou por presidir a uma década de declínio do seu país. Apesar desta incógnita sobre o seu futuro, o ex-presidente tentará gozar a reforma política num agradável apartamento em frente ao Louvre, empréstimo dos filhos de Rafic Hariri (um amigo libanês assassinado) (mais aqui).
posted by Dr. Assur at 09:17
5 Comments:
Adeus Chirac, deixas-te a França num caos, bem vindo Sarkozy, fostes eleito democraticamente, mas não parece, logo seguidamente voltaram os disturbios provocados pelos "democratas socialistas.
Parabéns ao povo francês. Chegou a hora da direita limpar o país que os socialistas quase destruiram com a sua política muito democratazinha e acolhedora.
O modelo de Estado francês, com impostos elevados a par de uma grande despesa pública, está em lenta deterioração. O Estado-Providência conseguiu garantir transportes públicos eficientes, energia nuclear e um bom serviço de saúde, mas não consegue criar emprego: a taxa de desemprego nunca esteve abaixo dos 8% nos últimos 25 anos. A forte protecção dos trabalhadores, um dos baluartes do modelo social francês, tem agora efeitos preversos: 21,5% dos jovens estão desempregados e os que conseguem um contrato trabalham em condições precárias. A longo prazo, o sistema laboral francês poderá ser insustentável. Por outro lado, o peso do Estado na economia não desce desde 1995, ao contrário do que tem acontecido por toda a Europa.
Em 1995, Jacques Chirac ganha as eleições presidenciais com a promessa de “consertar a fractura social” francesa. Doze anos depois, as reformas estruturais essenciais ao país continuam por fazer. “Chirac fez muito pouco pela economia francesa”, acusa Sebastian Wake, economista que segue França no Deka Bank. Entretanto, a taxa de desemprego atingiu o segundo valor mais alto de toda a Europa (8,8% em Fevereiro), a dívida pública é galopante e as desigualdades raciais continuam por todo o país.
Chirac, anti- espanhol
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