quarta-feira, agosto 22, 2007

PSICOPATA, NÃO MASOQUISTA

"Durante anos, as matanças no Darfur mereceram da "opinião pública" internacional a maior indiferença. Compreende-se. Desde que o golpe de catana se tornou o meio de comunicação vital entre árabes e pretos, houve a invasão do Iraque, o Katrina, o tsunami, a guerra no Líbano, o Live Earth e é forçoso estabelecer prioridades, principalmente quando existe a hipótese, remota ou não, de criticar os EUA. Agora, que os eventos acima passaram de moda ou de facto, o Darfur entretém satisfatoriamente um Verão morno em matéria de "causas". Não há dia sem o envio de bizarras tropas e "observadores" para a região. Não há dia sem que uma vedeta se manifeste a propósito. Claro que por aquelas bandas do Sudão se continua a matar e a morrer. Mas muitas consciências ocidentais aliviam-se e, com alguma dose de desprendimento, a gente distrai-se. Falo por mim, que andei uma semana empolgado com a proposta de Mia Farrow. A actriz, movida por um coração bondoso e a urgência em chamar a atenção do público após 15 anos sem um filme decente, escreveu uma carta ao presidente sudanês oferecendo-se para ficar presa no lugar de um revoltoso local. Em teoria, eis um óptimo precedente. O nosso mundo está repleto de celebridades ociosas, dispostas a maçar-nos com apelos extravagantes sobre barbáries reais ou imaginárias. Se optarem por maçar directamente os bárbaros, guinchando as banalidades do costume nas respectivas celas, o ganho é notório. Logo que detido num calabouço do Irão, George Clooney torna-se suportável. E prometo simpatizar com Sean Penn no instante em que o fechem nas prisões de Fidel e deitem as chaves fora. O problema é a distância que vai da teoria à prática. Os tiranos da Terra serão assassinos, terroristas e psicopatas. Não são parvos. Sem surpresas, o governo do Sudão parece ter amavelmente declinado a generosidade da sra. Farrow. Ela, pelo menos, mantém-se à solta no lado seguro da barricada, a acender velinhas e a exibir comiseração. Um espectáculo deprimente, apesar de tudo mais visto do que os seus filmes. "

Alberto Gonçalves

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Darfur = Fome = Sofrimento = Miséria Humana = Morte.
Significa um país sem ?Eira? nem ?Beira?, onde em segundos morre um ser humano sem qualquer dignidade e direito.

Cotejo Darfur ao Rwanda, o extermínio, os conflitos, onde os direitos humanos não existem.

Os interesses e as riquezas dos países são um dado adquirido para uma Intervenção mais drástica das grandes potências, como tal a indiferença perante esta realidade ignóbil e cruel, perante este país.

quarta-feira, agosto 22, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Darfur significa intolerancia islamica sunita aos povos cristãos e animistas do Sudão. É o nome do extreminio perpertado por guerreiros arabes financiados pelos regime sudanes e arabia saudita. A Europa devia fazer o que os moros fizeram na Bosnia; enviar guerreiros para ajudar as tribos cristãs.

quarta-feira, agosto 22, 2007  
Anonymous Anónimo said...

No Sudão vive-se uma guerra civil intermitente há décadas na qual se inclui a questão do Darfur.
Nunca antes a livre livre livre e humanitária comunicação social quis saber do que quer que fosse em relação ao Sudão. Era apenas mais um pedaço infeliz de deserto.

No entanto, na década de 90 foram descobertas vastissimas reservas de hidrocarbonetos naquele país, e de repente, o coro e a choradeira hipócrita e imunda do ocidente sobre os direitos humanos no Darfur começou.

Independentemente do sofrimento real de todo o povo sudanês, (e não apenas dos cristãos animistas do Darfur), a preocupação repentina do Ocidente é uma farsa enojante.

A palavra genocídio está hoje tão abusada que já perdeu o significado. No Darfur não há qualquer genocídio religioso ou étnico. Há uma guerra civil e uma luta separatista antigas que muito sofrimento têm causado.

Se querem verdadeiramente saber de um crime cometido contra o povo sudanês pesquisem informação sobre a destruição da única fábrica de medicamentos do Sudão pelos EUA (por via de um democrático e humanitário míssil) aída durante o reino de Clinton primeiro.

quarta-feira, agosto 22, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Claro que atirar uns mísseis americanos contra uma fábrica de "remédios" e matar 2 pessoas é um genocídio. Matar 200.000 cristãos nesse mesmo país não é um genocídio para o conhecido tolo chamado Luís, agora recauchutado de "António". Quanto à China, é este país que não permite e ameaça vetar resoluções da ONU contra o governo árabe do Sudão.

quarta-feira, agosto 22, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Os EUA são o país que mais tem feito contra o genocídio islâmico no Sudão, ao contrário da democrática "China". Genocídio que a esquerdalha e os parolos não falam porque Israel ou os EUA não participam. Se os EUA interviessem, era por causa do "petróleo" ou das "armas"... Isso chama-se hipocrisia por parte dos comentadores!

quarta-feira, agosto 22, 2007  
Blogger Toupeira said...

Entre árabes e pretos?
Pretos com vitiligo ou árabes que não são pretos ou pretos que não são árabes, aconfusão está instalada nesta cabecinha, chamado de Alberto que se devia juntar a Mia Farrow e mais os outros idiotas.
Mas o que é que o petróleo tem a ver com assuntos de revista social?
Claro que os Estados Unidos, ou melhor o seu governo não foram ao Iraque por causa do petróleo e orcausa do roubo do banco central iraquiano.
É claro que foi por causa do freemarket e pela democracia global, aprova está em que Fed é um banco detido por particulares, não existe um banco central controlado pelo governo federal, daí eles que defendem o freemarket agora injectam dinheiro para salvar empresas falidas, devido à bolha imobiliária. Afinal é cada um por si ou não?
O mercado deve funcionar sem intervenções ou não.
Tanta idiotice junta por favor não...

quinta-feira, agosto 23, 2007  
Blogger Toupeira said...

Não saber o que quer dizer sunita o xiitas ou outras confissões e culpar uma facção é pura ignorância, ou pior se o não for.
Resumir este conflito a isto é ignorãncia pura veículada pelos media de apenas um dono.
Gastar cera com ruím defunto não vale a pena.

quinta-feira, agosto 23, 2007  

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