segunda-feira, agosto 20, 2007

Ser ambientalista também tem limites

"No grupo que invadiu uma propriedade privada e destruiu um campo de milho transgénico, a maioria era estrangeira. Pouco importa. A plantação é legal e os infractores nem sequer podem alegar a ineficácia das instituições democráticas, porque simplesmente as ignoraram. Preferiam gozar (as imagens televisivas são esclarecedoras), a denunciar. Preferiram destruir a processar.

O que fizeram é crime e deve ser punido como tal.

Depois da intervenção frouxa da GNR no terreno, e a bem da prevenção (os infractores já admitiram reincidir), a responsabilidade dos tribunais é ainda maior. As plantações como a de Silves estão previstas, e autorizadas, nas leis portuguesa e europeias.

Miguel Portas discorda e até manifesta "simpatia com o gesto". Está no seu direito. Estranho é que um eurodeputado reaja como se não soubesse que a Organização Mundial da Saúde, ainda no ano passado, considerou ilegal a restrição que a UE tentou impor às importações de transgénicos. Mais estranho é que alguém que tem o seu salário pago por instituições democráticas as reduza à insignificância: "Até hoje o debate sobre os transgénicos em Portugal não tinha passado do Parlamento (...). A partir de hoje pode começar a ser diferente."

Indefensável é elogiar o ataque e escrever que ele foi feito "nos limites da lei". Ou seja, para Miguel Portas, invadir propriedade privada e destruir património alheio não é crime. No máximo, como diz ao DN, é um ilícito.

Será que Miguel Portas está a convidar ladrões e "ocupas" para lá irem a casa?
"

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