Europa quer fazer luz sobre o mundo obscuro dos lóbis
Ninguém sabe ao certo quantos lóbistas actuam em Bruxelas, mas estima-se que sejam entre 10 mil a 15 mil. A Comissão Europeia quer impor transparência na forma como se faz lóbi na UE.
As delegações que a Confederação de Agricultores Portugueses (CAP) ou a Portugal Telecom mantêm em Bruxelas são apenas uma gota de água no vasto e por vezes turvo oceano que constitui o universo dos lóbis em Bruxelas.
Tão turvas que nem sequer há uma estimativa exacta da quantidade de organizações e pessoas se movem neste universo dos "grupos de representação de interesses", cuja actividade consiste em influenciar o processo de tomada de decisões ao nível comunitário.
Consoante a fonte, estima-se entre 10 e 15 mil os lóbistas que se movem na capital belga, realidade só comparável à de Washington.
Mas a Comissão Europeia quer agora impor alguma ordem neste domínio. Em nome da transparência, Bruxelas quer criar um registo de todos os lóbis existentes, no qual estas organizações declarem quem são os clientes e qual o seu volume de negócios.
"As suspeitas que envolvem o processo de tomada de decisão ao nível das instituições é enorme", afirmou Kallas ao Expresso, pois muitas vezes "ninguém sabe quem está a influenciar as decisões e que parte desta influência é adequada e qual constitui uma influência invisível", pelo que se torna indispensável "trazer legitimidade e credibilidade a este domínio, partindo da premissa que o lóbi é um negócio legal e necessário para obter opiniões diferentes".
A ideia de incluir dados financeiros neste registo, cuja forma exacta ainda está a ser discutido, visa facultar aos "influenciados" o máximo de informação sobre quem os aborda. A ideia conta com a oposição da EPACA, entidade que reúne várias dezenas de empresas de relações públicas, que a classifica de "discriminatória e impraticável" e ameaça boicotar o registo.
Expresso
As delegações que a Confederação de Agricultores Portugueses (CAP) ou a Portugal Telecom mantêm em Bruxelas são apenas uma gota de água no vasto e por vezes turvo oceano que constitui o universo dos lóbis em Bruxelas.
Tão turvas que nem sequer há uma estimativa exacta da quantidade de organizações e pessoas se movem neste universo dos "grupos de representação de interesses", cuja actividade consiste em influenciar o processo de tomada de decisões ao nível comunitário.
Consoante a fonte, estima-se entre 10 e 15 mil os lóbistas que se movem na capital belga, realidade só comparável à de Washington.
Mas a Comissão Europeia quer agora impor alguma ordem neste domínio. Em nome da transparência, Bruxelas quer criar um registo de todos os lóbis existentes, no qual estas organizações declarem quem são os clientes e qual o seu volume de negócios.
"As suspeitas que envolvem o processo de tomada de decisão ao nível das instituições é enorme", afirmou Kallas ao Expresso, pois muitas vezes "ninguém sabe quem está a influenciar as decisões e que parte desta influência é adequada e qual constitui uma influência invisível", pelo que se torna indispensável "trazer legitimidade e credibilidade a este domínio, partindo da premissa que o lóbi é um negócio legal e necessário para obter opiniões diferentes".
A ideia de incluir dados financeiros neste registo, cuja forma exacta ainda está a ser discutido, visa facultar aos "influenciados" o máximo de informação sobre quem os aborda. A ideia conta com a oposição da EPACA, entidade que reúne várias dezenas de empresas de relações públicas, que a classifica de "discriminatória e impraticável" e ameaça boicotar o registo.
Expresso
Etiquetas: lobbies
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