O FUZILAMENTO DE UM ACTIVISTA
"O sr. Gualter Baptista sobre o pacifismo teórico dos Verde Eufémia e o registo filmado da agressão ao agricultor de Silves: "Não sei se existe um pontapé, ou se existe um levantar de pé." O sr. Gualter Baptista sobre as máscaras dos Verde Eufémia: "As pessoas também têm o direito de tapar a cara, também podem ter medos (sic) que a justiça caia sobre elas."
O sr. Gualter Baptista sobre a destruição do milho transgénico: "Eu não estava na acção, estava a dar voz à acção."
O sr. Gualter Baptista sobre o suporte logístico: "O GAIA não aprova essa acção, o GAIA apoia essa acção."
O sr. Gualter Baptista sobre a legitimidade: "A ASAE, quando entra num restaurante e deita fora a carne estragada, está a invadir uma propriedade."
As frases acima são uma selecção casual das dezenas de momentos hilariantes que o sr. Gualter, doutorando com bolsa, porta-voz do Verde Eufémia e talvez coordenador de uma seita de ociosos intitulada GAIA (ele próprio não está seguro), proporcionou na entrevista à SIC Notícias e a Mário Crespo.
O sr. Gualter, um sujeito desagradável versado na arruaça, e para quem a liberdade começa onde acaba a dos outros, não merece comentários. Mário Crespo, em contrapartida, parece suscitá-los em abundância. Num ápice, os blogues, os exactos blogues aparentados do Bloco de Esquerda que a princípio fingiram lamentar a invasão do milheiral, encheram-se de críticas ao profissionalismo do jornalista, que ao que consta foi persecutório, desonesto, impreparado, tendencioso e arrogante. Tradução: Mário Crespo não permitiu que o sr. Gualter publicitasse a sua delinquente causa, nem dedicou ao bravo desobediente civil as meiguices que o seu bando não teve para com o agricultor algarvio. Em consequência, o sr. Gualter saiu da SIC num estado próximo do pranto, o que não se faz.
Ou faz? É evidente que Mário Crespo percebeu em dois minutos o filão de boçalidade autoritária que tinha à sua frente, e que não resistiu a passar os vinte e tal seguintes a divertir-se com ele. Não foi uma aula de isenção jornalística, foi um prolongado prazer, que eu, espectador, agradeço. E quanto às aflições humanitárias, pede-se calma: conforme se demonstrou, o pobre sr. Gualter não precisa de Mário Crespo para se cobrir de ridículo. Se o País fosse menos folclórico, nem precisaria de Mário Crespo para coisa nenhuma: há muito que o sr. Gualter deveria ter sido entrevistado por um juiz.
É por isso que, como algumas cabeças têm repetido, a triste história de Silves convida a um debate. Mas não acerca dos transgénicos: acerca da Justiça. E, já agora, dos critérios de atribuição das bolsas de doutoramento"
Alberto Gonçalves
O sr. Gualter Baptista sobre a destruição do milho transgénico: "Eu não estava na acção, estava a dar voz à acção."
O sr. Gualter Baptista sobre o suporte logístico: "O GAIA não aprova essa acção, o GAIA apoia essa acção."
O sr. Gualter Baptista sobre a legitimidade: "A ASAE, quando entra num restaurante e deita fora a carne estragada, está a invadir uma propriedade."
As frases acima são uma selecção casual das dezenas de momentos hilariantes que o sr. Gualter, doutorando com bolsa, porta-voz do Verde Eufémia e talvez coordenador de uma seita de ociosos intitulada GAIA (ele próprio não está seguro), proporcionou na entrevista à SIC Notícias e a Mário Crespo.
O sr. Gualter, um sujeito desagradável versado na arruaça, e para quem a liberdade começa onde acaba a dos outros, não merece comentários. Mário Crespo, em contrapartida, parece suscitá-los em abundância. Num ápice, os blogues, os exactos blogues aparentados do Bloco de Esquerda que a princípio fingiram lamentar a invasão do milheiral, encheram-se de críticas ao profissionalismo do jornalista, que ao que consta foi persecutório, desonesto, impreparado, tendencioso e arrogante. Tradução: Mário Crespo não permitiu que o sr. Gualter publicitasse a sua delinquente causa, nem dedicou ao bravo desobediente civil as meiguices que o seu bando não teve para com o agricultor algarvio. Em consequência, o sr. Gualter saiu da SIC num estado próximo do pranto, o que não se faz.
Ou faz? É evidente que Mário Crespo percebeu em dois minutos o filão de boçalidade autoritária que tinha à sua frente, e que não resistiu a passar os vinte e tal seguintes a divertir-se com ele. Não foi uma aula de isenção jornalística, foi um prolongado prazer, que eu, espectador, agradeço. E quanto às aflições humanitárias, pede-se calma: conforme se demonstrou, o pobre sr. Gualter não precisa de Mário Crespo para se cobrir de ridículo. Se o País fosse menos folclórico, nem precisaria de Mário Crespo para coisa nenhuma: há muito que o sr. Gualter deveria ter sido entrevistado por um juiz.
É por isso que, como algumas cabeças têm repetido, a triste história de Silves convida a um debate. Mas não acerca dos transgénicos: acerca da Justiça. E, já agora, dos critérios de atribuição das bolsas de doutoramento"
Alberto Gonçalves
1 Comments:
Este foi dos melhores post que li acerca deste assunto.
clap clap clap
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