Almoço com a Tininha.

Não temos palavras para descrever, aos nossos leitores, o ser sublime personificado pelo mais bonito par de olhos azuis jamais vistos e por um físico tão perfeito, tão perfeito, cuja melhor "apreciação" só é possível ser feita pelas mãos delicadas deste vosso experiente serviçal, utilizando o generoso método braille.

No divinal tempo que generosamente nos foi concedido pela maravilhosa criatura, face à nossa momentânea incapacidade de manobrar conforme o desejado, as agruras crescentes que, diariamente fustigam a nossa genial pessoa manietaram-nos o pensamento.

Tempos houve, em que esta soberba máquina, bem afinadinha, maravilhava e fazia as delícias do sexo mais fraco. Actualmente as investidas temporais, vulgo velhice, traduzem-se na obrigatoriedade de uma cartucheira de Viagra e muito esquecimento.

Por falar nisso. Hoje aconteceu-nos um dos esquecimentos mais brutais de sempre. Então não é que nos esquecemos da cartucheira em cima da lareira? O que vão pensar as miúdas da limpeza, a quem ficámos de explicar o complexo fenómeno da dilatação dos corpos?

Ao menos, esperamos que elas não confundam aquilo com amêndoas, senão vamos ter de sumir temporariamente.